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Estado de Minas

CDL-BH pede a Kalil que cancele aumento das passagens de ônibus da capital

Estudo da entidade mostra que o impacto para as empresas do comércio da capital será de 15% nos gastos mensais, o que representa aumento de mais de R$ 15 milhões


postado em 19/01/2017 14:49 / atualizado em 19/01/2017 16:34

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) enviou ofício para o prefeito Alexandre Kalil (PHS) pedindo que o aumento das passagens de ônibus da capital seja revogado, até que a nova equipe faça auditorias e estabeleça novo percentual. No pedido, protocolado no dia 10 deste mês, a entidade representante do comércio alega que o impacto mensal nos cofres das empresas do setor foi de 15%, representando acréscimo de mais de R$ 15 milhões de gasto.

“O reajuste afeta diretamente a saúde financeira das empresas instaladas nesta capital, visto que elas arcam com cerca de 70% do custo com transporte dos trabalhadores e os setores de comércio e serviços da capital já vêm registrando sucessivas baixas nas vendas”, afirmou o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.

As passagens tiveram os novos valores anunciados no final do ano passado, ainda na gestão do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), e foi mantida por Kalil. Os valores foram reajustados em 9,4% e saltaram de R$ 3,70 para R$ 4,05 nas linhas troncais e principais e de R$ 2,65 para R$ 2,85 nas alimentadoras e circulares. A nova tarifa entrou em vigor no dia 03 deste mês.

De acordo com estudo feito pela CDL, as micro e pequenas empresas foram as mais penalizadas pelo reajuste. O impacto mensal nas contas dos micro-estabelecimentos foi de R$ 5.341.577,38. A capital tem 55.507 registros nessa categoria. Já as pequenas empresas são 9.935 e no caso dela o impacto é ainda maior: R$ 6.267.569,26.

As médias empresas somam 1.040 na cidade e foram impactadas em R$ 1.656.909,80 e as grandes são 868 e, no caso delas, o gasto teve acrescimento de R$ 1.856.218,00.

A prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o pedido feito pela CDL-BH.

Ainda de acordo com o vice-presidente da entidade, o comércio é o setor que mais emprega em Belo Horizonte e o impacto, segundo ele, vai além de mera insatisfação, mas prejudica a economia da cidade. “Os segmentos de comércio e serviços formam o setor produtivo que mais emprega e dinamiza o desenvolvimento econômico da capital, respondendo por mais de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte. Estamos entoando o coro, legítimo, da população. Afinal o aumento das passagens prejudica tanto o empresário, quanto o cidadão”, afirmou Marcelo Silva.

Desde que foi aplicado, o reajuste já levou diversas pessoas a se manifestarem nas ruas da cidade. O Movimento Passe Livre, inclusive, também entregou ao prefeito carta em que questiona os percentuais do aumento concedido.

Ainda durante a campanha eleitoral, Alexandre Kalil usou como mote a “abertura da caixa preta” que seria a operação das empresas de ônibus em BH. Essa afirmação usada quando manifesntantes no dia da posse entoaram gritos de “cancela, Kalil”, em referência ao aumento das passagens e também ao reajuste no valor dos salários de vereadores, secretários municipais e do próprio prefeito e do vice, Paulo Lamac(Rede).


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