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Estado de Minas

Comércio antecipa a Black Friday

Preços devem ser mais agressivos do que em 2015.


postado em 19/11/2016 10:37 / atualizado em 19/11/2016 11:24

As lojas estão tentando recuperar a queda nas vendas que houve neste ano.(foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil)
As lojas estão tentando recuperar a queda nas vendas que houve neste ano. (foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil)

São Paulo, 19 - Com estoques altos na indústria e no varejo, as lojas físicas e o comércio online anteciparam a Black Friday, a megaliquidação marcada para a próxima sexta-feira. A tentativa é fisgar o comprador antes da concorrência e reanimar as vendas abaladas pela crise.

Neste ano, diferentemente do que ocorreu em 2015, um grande volume de promoções com a chancela Black Friday teve início no mês passado. Um levantamento nacional feito a pedido da reportagem pela empresa de pesquisa de preços Shopping Brasil revela que 30% das promoções anunciadas em tabloides e em jornais já levam a marca Black Friday desde o início de outubro. No mesmo período do ano passado, apenas 2,25% das promoções citavam a megaliquidação. O levantamento engloba eletroeletrônicos, alimentos, itens de higiene e beleza, bazar, perecíveis e farmácia, vendidos em supermercados, hipermercados, atacados, lojas de eletroeletrônicos e farmácias.

“A campanha está bem agressiva por causa da crise e as lojas estão tentando recuperar a queda nas vendas que houve neste ano”, afirma a diretora da Shopping Brasil, Renata González.

A Via Varejo, que reúne as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, por exemplo, começou a fazer campanha de Black Friday com um número reduzido de itens desde o segundo final de semana de outubro, sempre às sextas e aos sábados, tanto no site como na loja física. “Detectamos que existia um represamento do consumo para fazer as compras no dia da Black Friday e resolvemos antecipar”, diz Luiz Henrique Vendramini, diretor comercial da Via Varejo.

O executivo nega que a antecipação da liquidação esteja relacionada com o grande volume de produtos disponíveis hoje no mercado. Mas admite que as negociações com a indústria foram mais favoráveis e que os preços ao consumidor serão mais agressivos do que em 2015.

“Neste ano conseguimos uma negociação mais favorável com a indústria”, conta Patrícia Nina, vice-presidente para lojas físicas da varejista Walmart. Em 2015, o desconto obtido com as fábricas foi de, no máximo, 30% e, neste ano, supera 40%. Por questões estratégicas, a empresa não revela qual será o desconto oferecido ao consumidor na Black Friday deste ano, mas provavelmente o abatimento deve acompanhar o que foi obtido na negociação com as indústrias.

O Walmart é outro varejista que decidiu antecipar a Black Friday. A campanha começa na segunda-feira e vai até domingo, dia 27. Patrícia diz que no dia 25 (o dia da Black Friday), o preço será ainda mais baixo. A executiva nega que a promoção tenha sido antecipada por causa dos estoques elevados.

Para o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri, o marketing da Black Friday é a tábua de salvação para mitigar as perdas acumuladas pelo varejo no ano. “O mercado está sozinho não tem a macroeconomia para ajudar.”

Desconto

Para Flávio Borges, superintendente do SPC Brasil, o consumidor está mais preocupado com o desconto. De 2015 para este ano, mais que dobrou, de 12,9% para 24,9%, a parcela de pessoas preocupadas com o abatimento, segundo aponta a pesquisa feita pela empresa.

 


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