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Estado de Minas

BNDES e Caixa podem entrar comprando debêntures, diz Maria Silva


postado em 15/09/2016 10:31

Ribeirão Preto, 15 - A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, afirmou nesta quinta-feira, 15, em entrevista à rádio CBN, que a instituição financeira e a Caixa podem atuar na compra de debêntures de infraestrutura a serem emitidas prioritariamente para bancar projetos concessões e privatizações no setor. Ela admitiu também que investidores estrangeiros, os quais serão incentivados a participar de futuros projetos, podem se retrair já que há, segundo Maria Silvia, um conjunto de concessões feito no passado com problemas e a serem resolvidos, como os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), e Viracopos, em Campinas (SP).

"Havia projetos que não se sustentavam e o governo procurou usar o BNDES para suprir insegurança jurídica e a ausência de marcos regulatórios. Os investidores demandam transparência, regras e ambiente jurídico claros", disse a presidente do BNDES, que citou ainda , a elevada taxa de juros e o câmbio no Brasil como outros entraves aos estrangeiros.

"Não se reconstrói credibilidade de um dia para o outro, temos conjunto de problemas a ser resolvido e tudo isso contamina. Eles (investidores estrangeiros) têm interesse, e naturalmente virão; mas eles vão ter de pagar para ver e, para isso, temos de construir credibilidade com fatos", emendou.

A executiva repetiu que o BNDES não dará mais empréstimos-ponte para inícios de obras, como ocorreu no passado e que os bancos públicos têm condições de participar do processo, com, além de possíveis compra de debêntures, a fiança para quem adquirir esses títulos. Mas a intenção, segundo ela, é incentivar o investimento no setor privado com regras claras e segurança jurídica.

Entre os setores prioritários, Maria Silvia citou o de saneamento, que teria "alto retorno social e privado" para o investidor. "Boa parte do setor de abastecimento e saneamento pode ser concedido", afirmou a executiva, citando a estimativa do Ministério das Cidades de que são necessários R$ 300 bilhões para universalizar a área no País.

Ainda segundo a presidente do BNDES, o conjunto de concessões com problemas a ser resolvido é fruto de erros ocorridos entre os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) e trouxe a falta de credibilidade para novos investimentos. "Vivemos fase de transição e é importante que haja construção de credibilidade", reafirmou Maria Silvia.


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