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Estado de Minas

Gerdau aposta em alta tecnologia para driblar crise

Grupo Gerdau coloca novos equipamentos em operação na Usina de Ouro Branco, com aporte de R$ 4,5 bilhões mesmo com queda na demanda por aço. Produção de chapas será exportada


postado em 15/09/2016 06:00 / atualizado em 15/09/2016 07:46

Linha de laminação de bobinas de aço a quente tem capacidade para 800 mil toneladas por ano e opera a plena carga(foto: Gláucia Rodrigues/Divulgação)
Linha de laminação de bobinas de aço a quente tem capacidade para 800 mil toneladas por ano e opera a plena carga (foto: Gláucia Rodrigues/Divulgação)

Enquanto a indústria brasileira do aço vive a pior crise da sua história, a Gerdau traça estratégias para driblar o cenário. Uma delas é o investimento em alta tecnologia, cujas novas e modernas máquinas somaram um aporte de R$ 4,5 bilhões investidos pela empresa na Usina Ouro Branco, a maior usina do grupo no mundo. Os equipamentos, lançados oficialmente ontem, dão mais qualidade e agilidade ao produto final da empresa. Com o diferencial maquinário e enquanto a recessão não dá trega, a Gerdau se volta para o mercado externo.

O projeto da empresa para dar mais qualidade ao aço produzido começou em 2010. Desde outubro de 2013, está em operação o laminador de bobinas a quente, que produz aço resistente para mercados da construção civil, máquinas agrícolas e rodoviárias. O equipamento tem capacidade de produção de 800 mil toneladas por ano, e já opera com carga máxima. Há dois meses, a empresa pôs em operação o novo laminador de Chapa Grossa, no qual foram investidos R$ 2, 4 bilhões. Trata-se de um equipamento de última geração no mundo, sendo usado apenas em países europeus e asiáticos, e, até o fim do ano deve produzir 100 mil toneladas de chapas grossas.

Os dois laminários ocupam um galpão de 1,3 mil metros quadrados dentro da Usina Ouro Branco. O mercado que demanda essa produção é a construção civil, naval, rodoviário, eólica, entre outras, para quais são necessárias estruturas de alta resistência. Porém, de acordo com o diretor-executivo industrial da Gerdau, Rodrigo Belloc Soares, a demanda por aço no mercado interno caiu cerca de 20% este ano se comparado a 2015.

De acordo com dados da empresa, as vendas da Gerdau no país neste primeiro semestre caíram 2%, chegando a 3 milhões de toneladas. A produção também registrou queda de 2%, na comparação com 2014 e 2015. Enquanto isso, atualmente, o que foi produzido pelo laminador de chapa grossa está em teste para Alemanha, Inglaterra,  o Colombia e Paraguai.

Segundo Soares, a exportação da empresa atualmente está em 50% da produção e, enquanto a economia brasileira não reacender, a aposta está no exterior.  O projeto do governo Temer, lançado na terça-feira, para concessão ou vendas de 25 projetos de infraesturura, é visto como motivador pela Gerdau, uma vez que pode aquecer obras em ferrovias, portos, rodovias, entre outros. “A proposta é muito boa e pode trazer reflexos positivos para nós”.

DIGITAL Além dos equipamentos em última geração, a Gerdau investiu R$ 70 milhões na implantação de um Sistema de Monitoramento e Diagnóstico Online (SMDO), fruto de uma parceria com a G&E Digital. O projeto é o primeiro a ser implantado na indústria do aço e permite que esse tipo de produção seja monitorado por meio digital e, com isso, as falhas são detectadas com agilidade.

O projeto prevê a implantação de sensores em mil equipamentos em 11 plantas no Brasil. No projeto-piloto, para qual foram investidos R$ 3 milhões na Usina de Ouro Branco, rendeu em seis meses uma economia na manutenção dos equipamentos. Além do sistema, a empresa também está investindo em tecnologia para agilizar o trabalho. Há o uso de softwares e drones.


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