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Estado de Minas

Luz e água levam inflação de BH ao topo no Brasil

Prévia do IPCA subiu 0,81% na Região Metropolitana da capital mineira neste mês, o dobro da média nacional, que desacelerou frente a maio em 10 das 11 áreas pesquisadas no país


postado em 22/06/2016 06:00 / atualizado em 22/06/2016 08:33

Remarcação autorizada dos medicamentos manteve pressão sobre os gastos do consumidor, a despeito de alimentos e bebidas que baratearam(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 12/08/2008)
Remarcação autorizada dos medicamentos manteve pressão sobre os gastos do consumidor, a despeito de alimentos e bebidas que baratearam (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 12/08/2008)

Os reajustes das tarifas de água e energia elétrica autorizados em maio nas contas pagas pelos consumidores mineiros reforçam a alta da inflação na Grande Belo Horizonte, num movimento que vai na contramão da desaceleração do custo de vida no Brasil. Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,81% neste mês na Região Metropolitana de BH, variação que representou o dobro da média nacional, de 0,40%, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais que o fôlego dos preços, preocupa a diferença das rotas do IPCA-15. O índice medido no entorno de BH foi o único que manteve aumento de maio, quando estava em 0,70%, para junho, enquanto na média do Brasil desacelerou dos 0,86% apurados no mês passado.

A pressão sobre o bolso das famílias da capital mineira e entorno é explicada pelas remarcações das contas de água e esgoto e de luz, que ficaram 13,20% e 3,80%, respectivamente, mais caras. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) obteve autorização para corrigir as tarifas em 13,90% no dia 13 de maio e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi autorizada a reajustar suas tarifas para o consumidor residencial em 3,78%, na média, em 28 de maio.

De acordo com relatório publicado ontem pelo IBGE, as remarcações dos serviços públicos essenciais fizeram a inflação na Grande BH descolar do restante do país – o índice apurado na capital e entorno foi o maior entre 11 regiões metropolitanas analisadas pelo instituto (veja o quadro). Essas duas despesas influenciaram nos aumentos de 2,70% dos preços no grupo de gastos com habitação. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 8,33% na RMBH, a 2ª menor variação entre as áreas pesquisadas no Brasil, e acumulou 8,98% na média nacional.

Para todas as capitais, pesou aina na prévia da inflação o aumento dos preços de remédios, devido ao reajuste autorizado de 12,5% desde 1º de abril pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na Grande BH, as despesas com saúde e cuidados pessoais encareceram 1,30%, sob influência do ajuste de 1,71% no custo dos medicamentos para o consumidor.

DRAGÃO PERDE FÔLEGO No Brasil, ainda segundo o IBGE, o IPCA-15 deste mês foi o mais baixo já registrado para junho desde 2013, quando o indicador ficou em 0,38%. Com o resultado, acumula aumento de 4,62% no ano. A desaceleração da prévia da inflação oficial na passagem de maio para junho foi verificada na maioria dos grupos de despesa, com destaque para transporte (de 0,30% negativo em maio para 0,69% negativo em junho); alimentação e bebidas (de 1,03% para 0,35%) e saúde e cuidados pessoais (de 2,54% para 1,03%) e em razão da mistura, influencia a gasolina, que barateou 1,19%. As passagens aéreas ficaram 4,11% mais baratas, em média.

No grupo de alimentos e bebidas, houve vários produtos com preços significativamente reduzidos, observou o relatório do IBGE, particularmente os alimentos in natura. Entre as baixas em junho estão cenoura (-25,63%), açaí (-9,06%) e tomate (-8,10%). As frutas, em geral, registraram deflação de 5,43% e os preços das hortaliças recuaram 3,82%. Isso, em contraposição à comida de peso no orçamento das famílias, como feijão Carioca, que encareceu 16,38%, e o leite, com reajuste de preços de 5,35%, na média. A nota do IBGE destacou, ainda, que os reajustes de nas contas de água pressionaram, além da inflação da Grande BH, no custo de vida de São Paulo, Brasília, Fortaleza e Salvador.

Energia mais cara
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem reajuste de 2,16% nas tarifas da Energisa Minas Gerais. Para consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 3,86%, e para a baixa tensão, de 1,68%. As novas tarifas vigoram a partir de hoje. A correção consiste no quarto ciclo de revisão tarifária periódica, processo realizado pela Aneel de quatro em quatro anos com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A empresa atende a 386 mil consumidores em 66 municípios da Zona da Mata Mineira, além de Sumidouro, no Rio de Janeiro.


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