“Isso é resultado de uma postura do governo do PT que vem desde 2008, com a crise econômica internacional. O então presidente Lula tratou do caso como se fosse uma marolinha. Mas a onda cresceu, não tomaram providências, e hoje o que vemos é a ressaca do governo Dilma”, disse Rubens Bueno. Nos cálculos do parlamentar, o governo anterior gastou “sempre 15% a mais do que arrecadou, por isso a conta não fecha e o país terá que conviver com um déficit de R$ 170 bilhões”.
No entender do presidente nacional dos Democratas, senador José Agripino (RN), o Brasil só se apruma quando a presidente Dilma colocar definitivamente os pés fora do Palácio do Planalto. “Quanto mais rápido se completar o processo de impeachment, mais rápido se inverterá a curva de crescimento do PIB. A economia volta aos trilhos na hora em que a equipe econômica nomeada receber a ‘chancela da permanência’ pela aprovação definitiva do afastamento da presidente que fez o PIB do Brasil cair de 6% positivos para 4% negativos”,afirmou.
A oposição, atualmente minoria, discorda. O deputado Henrique Fontana (PT/RS), garante que a queda do PIB é resultado de múltiplos fatores. “Mas o principal deles é a profunda crise política gerada pela (então) oposição que deu um golpe de estado e apostou na paralisação do país”. A aprovação da DRU foi citada por Fontana como uma prova da “intenção golpista”. “A presidente Dilma solicitou a votação da DRU desde o início do governo, assim como a criação de um tributo temporário, mas nada foi para frente”, lembra.
O deputado José Guimarães (PT/CE), reforça que a política do “quanto pior melhor” tornou a situação do país insustentável. “Os golpistas assumiram um governo interino que não disse a que veio. A democracia tem que se reencontar. Tomar um rumo”, destaca Guimarães.