Brasília – O prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda começa contagem regressiva nesta semana: sexta-feira é o último dia. Faltam 12,5 milhões, dos 28,5 milhões de brasileiros que precisam prestar contas para o fisco, o que corresponde a 52,8% da previsão para este ano. O número representa crescimento de 2,1% em relação aos 27,9 milhões de documentos entregues no ano passado.
O supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, afirma que, apesar do número alto de pessoas que não declararam ainda, o movimento está no ritmo dos anos anteriores. “O brasileiro deixa para fazer na última hora. O problema é que se tiver que pagar imposto, a conta pode ficar alta, uma vez que incide juros de 1% ao mês”, adverte.
Este ano a entrega começou em 1º de março. Quem perder o prazo estará sujeito à multa de R$ 165,74 ou de 1% do imposto devido por mês de atraso, prevalecendo o maior valor. A multa máxima pode chegar a 20% do imposto devido.
O supervisor do Imposto de Renda revela que em 2015, de maio a dezembro, pelo menos 600 mil pessoas entregaram com atraso. Ele aconselha a quem ainda nem começou a juntar os papéis, que se apresse, pois o ideal é entregar com certa folga. “Mesmo porque, se tiver que corrigir alguma coisa, uma diferença, um documento que foi esquecido, dará tempo de correr atrás”, afirma.
conferência Outro ponto que Adir chama a atenção é que quanto mais em cima do prazo, maior a tendência de se cometer erros e cair na malha fina. “Aí a multa do imposto também pesa, portanto, recomendo aos contribuintes que chequem duas vezes antes de entregar afim de evitar erros”, orienta.
Quanto ao risco do site da Receita ficar congestionado por excesso de acessos e a pessoa não conseguir entregar, Adir diz que esse problema não ocorre já há alguns anos. Mas ele também admite que um dia antes do prazo acabar é o mais movimentado. “Normalmente a maioria das pessoas costuma fazer no penúltimo dia de entrega. No ano passado recebemos quase quatro milhões de declarações em um único dia”, conta.
Além da checagem dos dados, é preciso lembrar das mudanças introduzidas neste ano, como a necessidade de se informar o CPF dos dependentes com 14 anos ou mais. É preciso estar atento também ao fato de os sistemas da Receita Federal estarem mais capacitados para fazer o cruzamento de informações como o pagamento a empregados domésticos ou despesas com tratamentos médicos.