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Estado de Minas

Poupança perde R$ 6,6 bilhões


postado em 05/03/2016 00:12

Brasília – O aumento do desemprego e a inflação alta, que reduz a renda da população e pressiona o dólar e as taxas de juros, levaram a caderneta de poupança a seguir o caminho de perdas já verificado no mês passado. O saldo negativo (depósitos menos retiradas) de R$ 6,639 bilhões em fevereiro da aplicação mais popular no país foi o maior para o mês analisado dos últimos 21 anos. A fuga de recursos vem ocorrendo desde 2015, mas se acentuou neste começo de ano.

Em janeiro, a evasão foi ainda mais forte, de R$ 12,032 bilhões, o maior para qualquer mês da história. Com isso, o primeiro bimestre de 2016 já conta com saques R$ 18,670 bilhões maiores do que os investimentos. Em igual período ano passado, as retiradas líquidas somavam R$ 11,792 bilhões. O aumento do déficit de janeiro e fevereiro de um ano para o outro foi de 58%.

Para meses de fevereiro, a pior marca até agora havia sido registrada no ano passado, quando as retiradas ficaram R$ 6,264 bilhões maiores do que os depósitos. O resultado do mês passado só não foi pior porque no último dia ingressaram R$ 2,507 bilhões na poupança. Até então, a conta estava negativa em R$ 9,146 bilhões. Isso ocorre com o tradicional aumento dos depósitos na caderneta no último dia útil por causa de aplicações automáticas da conta-corrente, que alguns investidores já deixam programadas.

A acentuada deterioração da caderneta se dá depois de uma recuperação em dezembro do ano passado, com a injeção de recursos do pagamento do 13º salário. O saldo positivo de R$ 4,789 bilhões no último mês de 2015 interrompeu uma série de 11 meses de resultados no vermelho.

Além da piora do cenário econômico e do aumento do desemprego, o início de todo ano é marcado pela concentração de pagamento de impostos e de gastos extraordinários com matrícula e material escolar. De acordo com o Banco Central, o total de aplicações no mês passado foi de R$ 152,451 bilhões e o de saques, de R$ 159,090 bilhões. O saldo desse investimento está em R$ 646,085 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 4,082 bilhões de fevereiro. Mais uma vez, o patrimônio da caderneta recuou.

Outro ponto que pesa contra a poupança é que há no mercado investimentos mais rentáveis, atrelados ao dólar e aos juros, por exemplo, e que fizeram a caderneta perder o brilho. A remuneração da caderneta é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês acrescida da Taxa Referencial (TR). O cálculo vale para quando a taxa básica de juros (a Selic, que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio) estiver acima de 8,5% ao ano. Ele está em 14,25% ao ano.

 

e mais...

IPCA sobe 0,36% em BH
Comprar utensílios para casa, comer em restaurantes e comprar roupas pesaram no bolso do belo-horizontino em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pela Fundação Ipead, vinculada à UFMG. subiu 0,36% no mês passado, frente a janeiro. No ano, a variação acumula 3,31%. Os artigos de residência tiveram alta de 2,46% no mês, a alimentação em restaurantes encareceu 1,62% e o setor de vestuário e complementos aplicou reajuste mensal de 1,2%, em média.

C&A enxuga
A lista das grandes redes de varejo que têm fechado lojas em 2016 vai ganhar a adesão da C&A. Depois do surgimento de rumores no mercado financeiro, a companhia confirmou que pretende fechar 12 pontos de venda no Brasil. Outras empresas varejistas têm encerrado operações de lojas, como a Marisa, Pontofrio e o Walmart.


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