
Expositores gostaram do que viram ontem na feira. “A crise interfere em todos os seguimentos, mas vemos que a feira acaba se tornando uma opção por ter preço bom e qualidade”, afirma o presidente da Associação dos Expositores da Feira de Artesanato da Afonso Pena (Asseap), William dos Santos Pinto. Mesmo em épocas de recessão, segundo o coordenador da entidade, Gilberto de Assis, o período natalino é de boas vendas. “Natal não falha”, comenta.
Havia cinco anos que a coordenadora administrativa Mariana Fonseca, de 37 anos, não ia à feira da Afonso Pena e acabou saindo de sacola cheia. “Como o dinheiro está curto, aqui você acha opções mais baratas e boas”, afirma. Mariana, que normalmente fazia as compras em lojas de rua e em shopping centers, saiu satisfeita com as compras. “Acabei gastando até mais do que previa. A gente vê uma coisa interessante e quando percebe, já comprou”, diz.

Pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH) divulgada na semana passada mostrou que as promoções e o preço respondem por 55,5% das decisões de compra. Ainda segundo o mesmo levantamento, o maior desafio na hora das compras é também o valor dos produtos, para 62,6% dos entrevistados. Atentos a essa preocupação dos clientes, 36,9% dos lojistas afirmaram que vão intensificar as promoções para aumentar as vendas.
PROMOÇÕES Para enfrentar a crise, expositores da feira deram descontos e facilitaram o pagamento dos produtos. Se o cliente pagasse em dinheiro, Wanda Maria de Oliveira, feirante de calçados há mais de 20 anos, oferecia desconto de R$ 5 na sapatilha, vendida a R$ 30. “Ano passado foi muito ruim. Hoje não podemos reclamar, porque o movimento está melhor”, disse. Ainda assim, Bárbara Alves Carvalho, expositora desde o tempo em que a feira era realizada na Praça da Liberdade, sentiu a queda de público que compra em atacado. “Caiu 80%. O pessoal não está investindo porque está com medo”, observa.
ÚLTIMA HORA
Funcionamento do comércio
• Hoje a quarta-feira,
das 9h às 22h
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Fonte: CDL
