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Estado de Minas

Turbulência faz Gol reduzir voos no mercado doméstico

Empresa pretende reduzir as decolagens no país em até 6% no primeiro semestre de 2016 para se ajustar ao quadro recessivo


postado em 08/12/2015 06:00 / atualizado em 08/12/2015 07:22

As turbulências da economia brasileira, que trafega pela maior e mais prolongada recessão da história, levaram a companhia aérea Gol a comunicar ao mercado uma previsão de redução de 4%a 6% nos seus voos no mercado doméstico no primeiro semestre do ano que vem. Em apresentação a investidores publicada pela empresa na Comissão de Valores Mobiliários, a empresa informa que a previsão faz parte dos ajustes na malha doméstica da companhia para se adaptar “à nova realidade do setor” para o ano que vem diante da retração da economia. De acordo com a diretoria da empresa, essa redução representará um corte de 80 a 100 voos diários entre março e abril do próximo ano, ao fim da alta temporada. No primeiro semestre deste ano, a Gol registrou 149,5 mil decolagens.


Em setembro, a empresa disse que praticou tarifas médias superiores ao patamar do segundo trimestre de 2015 em agosto, mês em que reduziu a oferta no mercado doméstico e registrou recuo da demanda em 0,6% no mês anterior ante agosto de 2014, “em linha com sua projeção para queda entre 2% e 4% no segundo semestre, equivalente a uma queda de até 1% em 2015”, disse a Gol em comunicado à época. Apesar de ter diminuído a oferta, a demanda caiu em ritmo superior, de 2,8%, o que reduziu a ocupação dos voos domésticos da empresa em 1,7 ponto percentual ante agosto de 2014, para 76,1%. O volume de passageiros transportados nos voos domésticos recuou 7,8%.

Com a conjuntura desfavorável a empresa promoverá os ajustes para reduzir custos fixos, com corte no número de funcionários. A empresa deve se valer de licenças não-remuneradas e demissões voluntárias para ajustar o quadro de pessoal. A perspectiva, segundo informou o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior à agência de notícia Reuters, a diminuição dos voos vai ser feita na proporção de 80% para a Gol e 20% para a Webjet. Ainda de acordo com ele, a redução não representará descontinuidade de nenhuma rota e a redução vai ser feita nas decolagens noturnas.

Pressão de custos afeta a companhia

Constantino de Oliveira informou à Reuters que no quarto trimestre os custos da companhia aérea estão pressionados pelo custos dos combustíveis, pelas tarifas aeroportuárias e pela desvalorização do real frente ao dólar. “E no momento em que passou a existir essa pressão, principalmente sobre os custos variáveis, nós nos vimos obrigados a revisar a malha... e nessa revisão nós enxergamos a necessidade de reduzir em torno de 80 a 100 voos diários”, afirmou Oliveira, em teleconferência.
Segundo ele, não é possível prever o número de desligamentos de funcionários com os ajustes porque tanto no caso das licenças não-remuneradas quanto nas demissões voluntárias o processo está em curso. Para Constantino, não devem ser feitas medidas como esta neste ano e que as medidas de redução para o primeiro semestre do ano que vem foram planejadas de forma antecipada. “É uma mudança de visão e não dá pra atribuir essa mudança de visão a um erro. O erro seria a gente permanecer com problemas, permanecer com vôos dando prejuízo pra companhia e talvez comprometendo a sobrevivência da empresa. Eu diria que houve uma mudança no cenário macroeconômico, de patamares, e nós estamos nos ajustando a essa mudança”, afirmou Constantino de Oliveira


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