Continua foragido da Justiça o presidente da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Lázaro Luiz Gonzaga. Afastado do cargo depois de denúncias de enriquecimento ilícito, Lázaro está foragido desde 24 de novembro e é procurado também pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), segundo informou o Ministério Publico (MPMG) que apura também possíveis ações de superfaturamento e lavagem de dinheiro na instituição.
O executivo teve a prisão preventiva decretada pela juíza Lucimeire Rocha da Vara de Inquérito Criminais do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), mas até o início da noite desta quarta-feira, ele não havia dado entrada no sistema prisional do estado. A prisão do executivo foi decretada para preservar o curso das investigações que apura esquema de desvios de recursos, na ordem de R$ 70 milhões, envolvendo o sistema Fecomércio, integrado pelas instituições Sesc e Senac.
Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, responsável pela investigação, foi afastada da Fecomércio a intervenção da empresa Dictum Instituto de Gestão e Perícia, que desde 10 de novembro atuava na Fecomércio. A instituição agora está sob intervenção do Sistema Nacional do Sesc. “Estamos tentando o retorno da empresa Dictum à Fecomércio”, informou o promotor. Segundo ele a Dictum já tem um relatório parcial que reforça o contexto das denúncias apresentadas pelo MP.
O trabalho do MP já está em fase final e a expectativa é que a denúncia seja oferecida ainda este ano.