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Estado de Minas

Fecomércio-MG será administrada por empresa nomeada pela Justiça

Com o afastamento do presidente, intervenção foi determinada durante pelo menos 90 dias


postado em 19/11/2015 06:00 / atualizado em 19/11/2015 07:21

Defesa de Lázaro Gonzaga vai contestar acusações e diz que decisões são colegiadas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A press- 31/7/13)
Defesa de Lázaro Gonzaga vai contestar acusações e diz que decisões são colegiadas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A press- 31/7/13)
Por decisão da Justiça de Minas Gerais, o sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) está sendo administrado desde o último dia 10 pela empresa Dictum Instituto de Gestão e Perícia, em razão do afastamento do presidente da Fecomércio-MG, Lázaro Luiz Gonzaga. A intervenção foi determinada pela juíza Lucimeire Rocha, titular da Vara Criminal de Inquéritos Policiais de Belo Horizonte, em processo apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre indícios de malversação de recursos da instituição empresarial.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a intervenção valerá por 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. A juíza analisou o pedido do Ministério Público, tendo em vista a legislação e a situação descrita no processo, que envolve “acusões feitas ao presidente da instituição de peculato, formação de quadrilha, supressão de documento público, coação no curso do processo e lavagem de dinheiro”.

O advogado Hebert Chimicatti, que representa o presidente da Fecomércio, disse ontem que a defesa está providenciando manifestação seguida de provas documentais que afastarão cada um dos itens apontados pelo Ministério Público como argumento para o pedido de intervenção. “São documentos já de conhecimento do Ministério Público, além do que não há nenhuma prova de coação de testemunha e destruição de documentos. Todas as decisões do sistema Fecomércio-MG são colegiadas, tomadas com absoluta transparência e pautadas na legalidade”, afirmou.

Em nota, o Dictum Instituto destacou que o sistema Fecomércio-MG, Sesc e Senac (serviços social e de aprendizagem do comércio) mantêm suas atividades normalmente. “Nenhuma ação foi alterada, suprimida ou adiada devido à nova administração”, diz a nota. Ainda de acordo com o interventor, “todos os procedimentos operacionais e administrativos do sistema seguirão dentro da legalidade.”

A investigação sobre indícios de malversação de recursos do sistema Fecomércio-MG é conduzida desde 2013 pelo promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte. Para fins legais, as contribuições compulsórias à instituição empresarial são consideradas recursos públicos. O MPMG sustenta no processo ter havido reforma nos edifícios-sedes da instituição e do Sesc e a aquisição de dois imóveis no âmbito do Sesc sem observância de procedimentos definidos no Regulamento de Compras da instituição. Constatou, também, indícios de superfaturamento na compra de imóveis e na contratação de serviços a partir de 2012.


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