Foi decretada nessa terça-feira, a prisão preventiva do presidente da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Lázaro Luiz Gonzaga. O mandado foi expedido pela juíza Lucimeire Rocha, da Vara de Inquéritos Criminais do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Lázaro Luiz Gonzaga é alvo de investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que apura denúncias de superfaturamento, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro na instituição. Até o início da noite, o executivo não havia dado entrada no sistema prisional do estado, segundo informações da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese).
O advogado de Lázaro Gonzaga, Hebert Chimicatti, confirmou que o mandado de prisão foi expedido no início da noite de ontem e disse que nas próximas horas vai entrar com pedido de revogação da prisão. “O mandado foi fundamentado em um equívoco”, sustenta Chimicatti que preferiu não detalhar qual seria a falha do mandado e negou haver outra decisão semelhante endereçada a seu cliente na Justiça Federal.
Lázaro Luiz Gonzaga foi afastado da presidência da Fecomércio. A instituição está sobre intervenção de auditores indicados pela justiça. Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte e responsável pela investigação, o trabalho do MP já está em seus trâmites finais aguardando apenas pela conclusão da perícia. A expectativa é que o Ministério Público conclua a investigação e ofereça denúncia ainda esse ano.
Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, os trabalhos estão avançando e as decisões judiciais sobre o caso demonstram ter havido irregularidades e práticas ilícitas. Há indícios de que recursos gastos pelas instituições foram desviados em benefício de gestores.
O escritório de auditoria e assistência em processos judiciais está avaliando todos os contratos feitos pelo Sesc e Senac, desde o fim de 2013, quando começou a investigação conduzida pelo promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte. As duas instituições integram o sistema Fecomércio-MG. O esquema já teria causado prejuízos de R$ 70 milhões.