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Estado de Minas

Rumores de troca de Levy por Meirelles faz Bovespa subir e dólar cair

Apesar do movimento do mercado financeiro, o ex-presidente do BC desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando da Fazenda


postado em 12/11/2015 06:00 / atualizado em 12/11/2015 07:32

O encontro do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no 10º Encontro Nacional da Indústria, nesta quarta-feira, em Brasília, voltou a alimentar os rumores de que Meirelles possa substituir Levy no comando da equipe econômica do governo. Henrique Meirelles disse que não recebeu um convite da presidente da República, Dilma Rousseff, para assumir a Fazenda. Mesmo assim, durante o dia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou em alta e o dólar em queda com os rumores de mudanças no primeiro escalão do governo. A possível troca serviu de mote para os investidores voltarem a comprar ações. A Bovespa terminou o dia com elevação de 1,86%, aos 47.065,01 pontos, enquanto o dólar comercial fechou em queda de 0,95%, cotado a R$ 3,755.

Apesar do movimento do mercado financeiro, o ex-presidente do BC desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando da Fazenda, especulação que ganhou força nos últimos dias. Ao ser questionado sobre as chances reais de assumir a pasta, Meirelles disse que não comenta especulações. “Não há convite concreto, e eu não comento especulações ou nenhum tipo de hipótese”, disse o ex-presidente do BC. Ele também preferiu não responder perguntas sobre a atual política econômica do governo, por conta do “barulho” em torno de seu nome.

Sobre a relação com a presidente Dilma Rousseff, Meirelles disse que sempre manteve uma relação cordial e muito produtiva, desde os tempos que eram colegas de ministério do governo Lula. “Minha experiência (com ela) sempre foi tranquila, com convergência e divergências em pontos de vistas, o que é normal"”, afirmou. Durante sua exposição, Meirelles disse que é preciso reduzir a carga tributária, na contramão do que tem defendido o governo.

“Se olharmos a frente, no médio e longo prazos, precisamos discutir a questão da carga tributária no Brasil sim. Vislumbrar a frente uma queda da carga tributária. A curto prazo, pode haver algum aumento temporário, mas isso precisa ser demonstrado para a sociedade por que é temporário, o que vai acontecer e o que vamos fazer a frente para que venha a cair”, disse Meirelles.

Já o titular da Fazenda, Joaquim Levy, usou seu discurso para mostrar que comunga das mesmas ideias em relação aos rumos da economia. Ele abriu o discurso com um aviso: concorda com tudo o que o ex-colega de governo dirá. “Concordo com tudo que vai dizer. Trabalhamos juntos”, disse ao se referir ao tempo em que ocupava a secretaria do Tesouro.
Na palestra sobre os desafios da economia, ele afirmou que o momento atual é rico em que a discussão sobre medidas econômicas pode ser aprofundadas. Levy disse que a agenda de crescimento proposta para a indústria é a mesma do governo. “A gente precisa de segurança fiscal. Ninguém vai colocar dinheiro se acha que a gente vai ter mais problema”, frisou.


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