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Estado de Minas

Oposição vê desastre anunciado com rebaixamento de nota do país

Para parlamentares contrários ao governo, alteração da nota do país era inevitável pelos equívocos da política econômica e pelas dificuldades políticas enfrentadas pelo Planalto


postado em 10/09/2015 06:00 / atualizado em 10/09/2015 07:21

Brasília – O rebaixamento da nota do país pela Standard & Poor’s foi visto como a demonstração dos erros do governo, na avaliação de parlamentares da oposição, ou, no mínimo, como sinal da necessidade de mudanças no país, de acordo com a avaliação de deputados e senadores da base.“Infelizmente, a perda do grau de investimento do Brasil e a perspectiva de revisão negativa nos próximos 12 meses mostram que o governo da presidente Dilma acabou”, afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido.

“Em 2008, no auge da crise financeira mundial, o país havia conquistado o grau de investimento em decorrência de anos de reformas e da manutenção do tripé macroeconômico do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, a partir de 2009, o PT colocou em prática a sua política equivocada de intervenção na economia, expansão desenfreada de gastos públicos, crescimento exagerado da dívida pública em 10 pontos do PIB de 2009 a 2014”, afirmou Aécio.

Na avaliação do senador, o rebaixamento do país é “um desastre anunciado”, que poderia ter sido evitado apenas se a política econômica tivesse sido alterada a tempo. “A oposição tentou na campanha de 2014 discutir rumos para o ajuste da economia e foi atacada pela propaganda partidária do PT, que negava a existência de uma grave crise econômica”, criticou Aécio.


O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN) concordou quanto à gravidade da situação. “Talvez este venha a ser o mais duro dos golpes decorrentes das irresponsabilidades praticadas por Dilma para ganhar a eleição. Agora é enfrentar as consequências, com seca nos investimentos, mais recessão e desemprego. E o pior: o governo só anuncia que impostos vão aumentar”, afirmou.

A opinião é semelhante à do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). “A perda do grau de investimento é o atestado internacional da falência do atual governo. Se nós já temos uma situação interna caótica, teremos também uma situação extremamente calamitosa no cenário internacional”, avaliou o senador. “É reflexo da incompetência desse governo e, infelizmente, mais uma maldade da presidente Dilma Rousseff contra os brasileiros”, afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR). “Dilma arruinou a economia e as finanças públicas do país. Está claro que, nesse ritmo, o Brasil não vai aguentar mais três anos”, disse.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lamentou o rebaixamento. Na avaliação dele, “só a retomada do crescimento tira o Brasil dessa situação. Definitivamente precisamos de reformas estruturais e de eficiência no gasto público”.

Questionado sobre o fato de que a oposição disse que o governo não fez o “dever de casa”, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu: “Alguém tem condição de preservar a condição de um país que possa receber investimento com o grau de instabilidade política que nós estamos vivendo, sendo a oposição é uma das grandes responsáveis por isso? Não existe”. Para ele, este é um momento difícil. “É um momento difícil. “A instabilidade política, somada com as dificuldades econômicas. Era uma coisa com que, de certa forma, o governo já estava contando.”


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