Inflação em Belo Horizonte alcança 10,14% em julho

A inflação em Belo Horizonte, medida pela Fundação Ipead/UFMG atingiu 10,14% em julho, estourando de longe o teto da meta do governo federal de 6,5%. O percentual é o mais alto dos últimos 11 anos. Desde 2003 o custo de vida não alcançava a casa dos dois dígitos. No fechamento do mês, a alta da inflação foi de 0,68% em Belo Horizonte, configurando o pior julho para o índice, dos últimos 13 anos. Se o reajuste de R$ 0,30 anunciado pela prefeitura da capital para as tarifas de ônibus, for confirmado, o aumento deve contribuir para a disparada do índice. O peso da correção das passagens no IPCA será de 0,26 pontos percentuais, segundo cálculos da Fundação Ipead.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a inflação para as famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. "No acumulado do ano a inflação em julho, alcançou está em 7,51%, e nesse período também já rompeu o teto da meta", aponta o superintendente de pesquisas e projetos da Fundação Ipead, Renato Mogiz. O especialista aponta que entre as contribuições para a alta do custo de vida em julho estão a refeição fora de casa, que teve alta de 0,55% no mês, o pãozinho francês também encareceu 2,85% e as despesas pessoais 0,77%.
Mogiz também chama atenção para o Índice de Confiança do Consumidor que foi o pior da série histórica iniciada em 2004. "É um reflexo da alta do custo de vida deixando o consumidor pessimista."

O Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), referente às famílias com renda de 1 a 5 salários-mínimos, apresentou variação positiva de 0,58% em julho.