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Estado de Minas

Intermedium reforça crédito imobiliário

Banco múltiplo mineiro registra expansão de 74,1% das operações no segmento, de janeiro a junho, e quer crescer


postado em 24/07/2015 06:00 / atualizado em 24/07/2015 07:08

A estratégia focada no desenvolvimento do crédito imobiliário proporcionou ao Banco Intermedium S/A, com sede em Belo Horizonte, um expressivo aumento de 74,1% dessa carteira durante o primeiro semestre do ano, ante o mesmo período do ano passado. O resultado vai na contramão do cenário, marcado pela queda da oferta de empréstimo ou aperto das condições para a compra de imóveis em outras instituições financeiras, num ano de forte retração da economia brasileira. O bom desempenho do banco múltiplo privado no segmento foi decisivo para a expansão de 40,2% da carteira total de crédito, que encerrou os últimos 12 meses até junho em R$ 1,8 bilhão.

Além do esforço de especialização no crédito imobiliário –, que somou R$ 741 milhões ao fim do semestre – contribuíram para o resultado do Banco Intermedium, de janeiro a junho, os ganhos em melhoria de processos internos e controle das despesas, informou ontem o diretor-executivo do banco, João Vitor MeninTeixeira de Souza. “Num momento delicado que o país vive, estamos colhendo os frutos de um trabalho longo de busca de eficiência e do foco numa carteira de crédito que sofre menos o problema da inadimplência”, afirma o executivo.

Indicadores com os quais a instituição trabalha mostram que mesmo numa situação de desequilíbrio financeiro do mutuário ou de eventual perda de emprego, a tendência é de que a quitação do empréstimo imobiliário não seja interrompida, em detrimento de outras dívidas. A título de referência de mercado do setor, a inadimplência no crédito imobiliário equivale à metade daquela apurada no consignado.

O lucro líquido do banco da família Menin, também controladora da MRV Engenharia, foi de R$ 15,9 milhões no primeiro semestre, representando crescimento de 48,4% em relação a idêntico período do ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido alcançou 10,5%. A área de investimentos cresceu 25%, ancorada na captação das chamadas LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), tendo como lastro o crédito no segmento. O produto financeiro ganhou atratividade com a elevação da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as operações nos bancos e no comércio.

No sentido inverso ao que favoreceu o Intermedium, destacou João Vitor Menin, concorrentes com operações de crédito imobiliário sustentadas pelos recursos da poupança vêm sofrendo neste ano, diante do aumento do volume de saques na aplicação. Outro fator importante para o banco mineiro foi a expansão da rede de 50 agências presentes em todas as capitais, à exceção do Norte do país, e que têm como alvo cidades com população entre 250 mil e 300 mil habitantes.

“O foco no crédito imobiliário já era uma estratégia traçada pelo banco, mas não esperávamos chegar lá tão rápido”, afirma o diretor-executivo do Intermedium. A carteira do segmento passou a responder por 42,1% do total,  assumindo a dianteira das operações, pouco à frente do crédito pessoal (42%) e do volume de empréstimos para empresas, o middle market, com participação de 15,9%.

A despeito da crise da economia, João Vitor Menin diz que o banco vê espaço ainda importante de crescimento do crédito imobiliário no Brasil. A meta da instituição é chegar ao fim de 2015 com uma parcela de 45% a 50% da carteira total no segmento. O diretor-executivo do Intermedium observa que os empréstimos para aquisição de imóveis ainda participam, no país, com uma cota muito modesta do Produto Interno Bruto (o PIB, conjunto da produção de bens e serviços), variando de 8% a 10%, quando se aproximam de metade em nações como o Chile e o México.


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