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Estado de Minas

Colégio de BH cria projeto para estimular alunos gerir os próprios negócios


postado em 15/06/2015 06:00 / atualizado em 15/06/2015 07:18

Padre Germano (em pé) e Carlos Freitas (sentado), do Colégio Loyola: aposta no Núcleo de Inovação(foto: Euller Júnior/EM/D.A Press 2013 12/5/15)
Padre Germano (em pé) e Carlos Freitas (sentado), do Colégio Loyola: aposta no Núcleo de Inovação (foto: Euller Júnior/EM/D.A Press 2013 12/5/15)
Em busca da formação de alunos mais criativos e inovadores, uma parceria inédita em Minas Gerais vai criar um laboratório de empreendedorismo para estudantes de 12 a 17 anos. A incubadora voltada para o desenvolvimento de soluções inovadoras será criada no Colégio Loyola em parceria com a Fundação Dom Cabral. Chamada de Inovação Loyola, a proposta é que os alunos da instituição sejam orientados sobre como planejar e executar seus próprios negócios.

Nos primeiros meses do ano letivo, os jovens foram convidados a apresentar suas ideias. De cara, 42 projetos foram inscritos em diferentes áreas. Desse total, 29 são propostas para a criação de aplicativos variados para celular e tablet. Parte dos grupos será selecionada para participar de oficinas. “Esse gosto pela informática e pelo mundo digital está dentro do mundo deles”, afirma o padre Germano, diretor-geral da escola. Ao término, entre seis e 10 equipes serão escolhidas para desenvolver o projeto ao longo do ano.

Estes serão instruídos por mentores da Fundação Dom Cabral (FDC) e participarão de apresentações com empresários e palestrantes sobre temas relacionados aos projetos. Aqueles não selecionados também poderão ir às palestras. O colégio disponibilizou uma sala com a tecnologia e a bibliografia necessárias para os estudos. Na primeira edição, a temática dos projetos foi livre. Mas, nos próximos anos, a intenção é estabelecer áreas a serem pesquisadas. Em pauta, inovação educacional e socioambiental, entre outros.

A ideia de criação de um projeto voltado para o empreendedorismo no colégio teve início depois de uma excursão de alunos do ensino médio para Boston. Os estudantes visitaram três instituições de ensino superior renomadas na região (Boston College, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou MIT, e Harvard) para conhecer as relações das universidades com a temática. Lá, participaram de um curso no Laboratório de Inovação de Harvard, espaço balizador para o iLO. “Lá, vendo os meninos lidar com os problemas, tivemos a ideia. Temos a preocupação de criar uma forma de motivar os alunos e fazê-los ver o ensino sob outra perspectiva”, afirma padre Germano. A conclusão dos projetos será apresentada em novembro, na feira de conhecimento do colégio.

Em meio a questionamentos mundiais sobre o rumo a ser seguido pela educação, o padre diz ser preocupação do colégio disseminar “o germe da curiosidade e da investigação”, estimulando a cultura do trabalho de grupo, de debates e comunicação. Os resultados da viagem aos Estados Unidos já mostram alunos com outros olhares em relação à educação, mais envolvidos com o planejamento da carreira, segundo Germano.

O coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, afirma que o modelo adotado no projeto quebra um pouco da rigidez da sala de aula e permite ao aluno desenvolver conhecimento, e não apenas absorvê-lo. Isso sem fugir do rigor acadêmico do Ministério da Educação. “No modelo educacional, o aluno é orientado para o certo e o errado. Esse exercício de transformar a ideia em prática permite o desenvolvimento de lidar com incertezas”, afirma. Arruda considera que isso permitirá ganhos mesmo se ele seguir profissões tradicionais, como médico e engenheiro.


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