
A arquiteta Melissa Guaraná foi uma das turistas que preferiram Fernando de Noronha do que um destino internacional. Ela aproveitou um feriado prolongado para passar quatro dias na ilha em março e garante que a experiência vale a pena. “Eu só tinha quatro dias e entre gastar mais e ir correndo para um outro país, preferi ir para Noronha. Neste período, dá para conhecer quase a ilha inteira. É apaixonante. A viagem não é barata. Fora passagem e hospedagem, gastei R$ 1 mil por dia, mas com certeza gastaria mais lá fora”, completa.
Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), afirma que o fluxo de viagens nacionais está maior principalmente entre os públicos das classes A e B. “Esse público valoriza o turismo de lazer. Eles preferem o roteiro sol e mar e, com isso o Nordeste ganha muito”, afirma. Apesar disso, Ferni ressalta que no Recife, o fluxo de turistas têm diminuído. “Como a capital pernambucana é forte no turismo de negócios, eles não têm atraído tanto o turista de férias. A média de ocupação no Recife era de 85%, mas caiu para 45% em março”, detalha.
Sandra Luck, da agência Luck Viagens, é uma das empreendedoras pernambucanas que está aproveitando a boa fase. “Sentimos uma procura 40% maior por destinos como Fernando de Noronha, Rio Grande do Sul e Bahia”, comenta. Já Fátima Bezerra, conselheira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), explica que as viagens para a Europa também têm crescido. “As pessoas diminuíram os dias de viagem, mas como o euro está constante, a Europa continua sendo um destino muito requisitado pelos brasileiros.”
