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Estado de Minas

Apertado, cliente busca juro baixo e impulsiona crédito consignado

Elevação das taxas de juros leva os interessados em crédito a buscar opções mais vantajosas


postado em 25/04/2015 06:00 / atualizado em 25/04/2015 07:24

Sob a pressão do financiamento caro, o consumidor busca taxas mais baratas nos empréstimos, procura que impulsiona o crédito consignado, com desconto em folha de pagamento. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que o ambiente de elevação de taxa de juros leva os tomadores à procura de alternativas. “É uma estratégia lógica. O aumento do crédito consignado pode estar refletindo essa migração”, comentou.  Já o uso do cheque especial apresentou redução importante do ritmo de crescimento. Devido à volatilidade da modalidade, o BC diz não ter explicações para esse movimento.

“Sem dúvida, no entanto, a taxa de juros elevada influencia essa redução”, completou o executivo do BC. Segundo Maciel, a expansão do crédito em torno de 11% veio em cenário de inadimplência baixa, próxima do piso, e elevação das taxas de juros seguindo o ciclo de aperto monetário. Ele destacou que, em março, o crédito direcionado para pessoa física seguiu em moderação e o crédito para empresas com recursos livres também mostrou arrefecimento em algumas linhas, como capital de giro. “Nossa previsão para a expansão do crédito no ano segue em 11%”, disse.

As operações de crédito direcionado à habitação no segmento da pessoa física cresceram 1,6% em março ante fevereiro, totalizando R$ 452,119 bilhões. No trimestre, a expansão foi de 4,7% e, em 12 meses até março, de 26,5%. Segundo o BC, R$ 61,062 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 391,057 bilhões, a taxas reguladas. O banco deixou de incorporar nestes dados as operações com crédito livre por serem residuais.  As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 0,9% no mês, de 3,4% no trimestre e de 22,3% em 12 meses até março. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 1,8% ante o mês anterior, 5,0% no trimestre e 27,2% em 12 meses até março.

O total de recursos para aquisição de automóveis ficou em R$ 179,629 bilhões no mês passado. Em fevereiro, o volume foi de R$ 181,852 bilhões. No primeiro trimestre do ano, a queda nesse tipo de crédito é de 2,5% e, em 12 meses até março, de 5,4%.  As concessões acumuladas em março para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 7,321 bilhões, o que representa uma alta de 22,8% em relação ao mês anterior (R$ 5,961 bilhões). No trimestre, a queda desse segmento foi de 21,7% e, em 12 meses, de 0,3%.

Houve elevação do estoque de crédito em março na agropecuária, indústria e em serviços. Desde janeiro, o BC passou a divulgar estas informações. O crédito para o setor de serviços ficou em R$ 814,161 bilhões em março e teve uma alta de 1,7% na comparação com fevereiro. Dentro desse setor, o comércio teve elevação de 1,1% no período e ficou em R$ 296,935 bilhões no mês passado. Em transporte, houve alta de 2,5%, com R$ 161,171 bilhões. Na administração pública, houve alta de 3,0% para R$ 104,278 bilhões.


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