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Estado de Minas

Tesouro Direto vai ter recompra diária

Governo munda venda de papéis pela internet, que ganham liquidez para atrair investidores. Incertezas derrubam a bolsa


postado em 11/03/2015 06:00 / atualizado em 11/03/2015 07:29

Brasília – O governo passará a recomprar diariamente títulos públicos dos investidores que quiserem resgatar total ou parcialmente as aplicações feitas no Tesouro Direto. A medida foi anunciada ontem como parte de uma estratégia para simplificar e tornar mais atraente o programa, que é voltado à venda de papéis federais a pessoas físicas pela internet. Atualmente, as recompras são feitas somente às quartas-feiras.

Conforme anunciou o secretário do Tesouro Nacional, Macelo Saintive, os resgates serão feitos entre as 18h e as 5h do dia seguinte, sempre pela última cotação de fechamento dos papéis no mercado. Nos fins de semana e nos feriados, a recompra estará disponível durante todo o dia. “O Tesouro Direto é um programa importante que diversifica a aplicação no sistema financeiro e facilita acesso a determinados investimentos”, disse o secretário do Tesouro.

Outra novidade, já em vigor, é a mudança dos nomes dos títulos negociados. Em vez da atual sopa de letrinhas — LTN, NTN, LFT —, os papéis serão identificados pelas suas características: se são pré ou pós-fixados, se o pagamento de juros é feito semestralmente ou apenas no fim do prazo, e qual é o indexador utilizado. O objetivo é facilitar o entendimento do público.

Também foi lançado um título com vencimento em 2021, o Tesouro Pré-fixado 2021. “No Brasil em geral, há resistência do investidor em prefixados nos fundos de investimento, mas há essa demanda no Tesouro Direto de investidores com o objetivo de acumulação de patrimônio”, explicou o subsecretário da Dívida Pública, Paulo Valle. O Tesouro Direto tem 400 mil investidores cadastrados, responsáveis, em dezembro de 2014, por um saldo de aplicações de R$ 15,3 bilhões.

Haverá agora também um repasse maior de recursos a corretoras que venderem os títulos do Tesouro Direto. Até agora, a BM&FBovespa repassa 1/3 da taxa de custódia às entidades no primeiro ano, de acordo com o montante de títulos vendido. Com a mudança, as corretoras também receberão essa fatia da taxa no segundo ano se mantiverem ou aumentarem os clientes do Tesouro Direto em suas carteiras.

Bovespa Enquanto o governo tenta atrair mais investidores para o Tesouro Direto, as incertezas que rondam a economia e a política, e que já se traduzem em altas recordes tanto da inflação, quanto do dólar, têm guiado o humor do mercado financeiro e provocado perdas cada vez maiores na bolsa de valores. Ontem, pelo quinto dia consecutivo, a BMF&Bovespa encerrou o dia no vermelho. O Ibovespa, que acompanha as negociações das principais empresas listadas no pregão paulista, recuou 1,8%, aos 48.293 pontos. Apesar de ter afetado boa parte das empresas, a queda foi puxada, sobretudo, pelas companhias que sofrem grande influência do governo.


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