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Estado de Minas

Empresas culpam aumentos acima da inflação a gastos e melhorias


postado em 18/01/2015 06:00 / atualizado em 18/01/2015 07:19

Investimentos na infraestrutura dos serviços prestados ao cliente e o aumento dos custos são as justificativas mais ouvidas pelos consumidores surpresos com a evolução dos preços praticados pelas empresas do setor. Em meados da década de 2000, o conserto de uma máquina de lavar em BH custava cerca de R$ 200. O valor cobrado pelo mesmo serviço, hoje, mais que dobrou, alcançando R$ 450, em média, ou seja, em uma década, o aumento foi de 125%. De acordo com o dono da Eletro Carneiro, há 10 anos no ramo, Alessandro Carneiro, a alta se deve, principalmente, ao que ele chama de resposta do mercado aos preços cobrados pelas peças.


“Tudo está muito caro. Um copo para liquidificador, por exemplo, custava R$ 8 há 10 anos e hoje não encontramos a mesma peça por menos de R$ 20”, afirma. A evolução dos gastos do cliente foi, de fato, sentida pelo servidor público Alex Pereira, que na semana passada, aceitou pagar R$ 40 pelo conserto de um ventilador. “Antigamente, esse tipo de serviço era bem mais barato. Nos últimos anos, tudo vem subindo”, comentou ele, ao aprovar a ordem do serviço. “A placa de segurança do aparelho queimou. Só decidi arrumar o ventilador porque ainda é melhor do que comprar o equipamento novo”, diz.


Entre os serviços de entretenimento, o consumidor de BH tem encontrado repasses altos. Os preços pagos nos clubes subiram, em média, 8,65% no ano passado. Embora as construtoras e incorporadoras estejam investindo cada vez mais em prédios residenciais com estrutura completa para o lazer, os clubes não perderam o trono na cidade. Quem procura uma cota entre as empresas tradicionais da capital se assusta com os preços.


Há 10 anos, ser cotista do Minas Tênis Clube, por exemplo, custava cerca de R$ 3 mil e hoje, como o espaço de lazer já não vende mais suas cotas, o valor oferecido por sócios no mercado chegou a R$ 30 mil. O gerente administrativo do clube, Marcus Magalhães, afirma que a cota tem de ser vista como patrimônio. “Nesses últimos anos, a economia brasileira melhorou e os ativos das pessoas foram pelo mesmo caminho”, ressalta.


Segundo Magalhães, hoje, quem regula o preço é o mercado. “O Minas investiu no crescimento desse patrimônio, fizemos reformas e construções. Além disso, houve melhorias na prestação de serviços internos aos sócios.. Aumentamos e criamos uma oferta cultural para eles e expandimos atividades”, diz. Com um orçamento anual de R$ 130 milhões, o clube conta com 75 mil sócios e 25 mil cotistas, e cobra uma mensalidade, com preço mínimo, de algo em torno de R$ 250.
Há cinco anos, no Minas Tênis Náutico Clube, em Nova Lima, na Grande BH, a cota custava R$ 1,8 mil. Hoje, está em R$ 8 mil. “Esse aumento se deve, principalmente, ao crescimento da região onde está o Náutico. Houve um boom imobiliário nessas áreas e a procura por moradias e lazer aumentou muito”, afirma Marcus.


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