Fábrica de semicondutores em Minas deve produzir para o setor da saúde

A primeira fábrica de semicondutores de Minas Gerais deve entrar em operação em outubro do ano que vem. Renomeada depois da saída do empresário Eike Batista da composição acionária, a Unitec Semicondutores (antes chamada Six), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, deve produzir dois dispositivos voltados para o setor de saúde. A lista de produtos iniciais inclui também cartões com usos múltiplos.

Em visita ontem à fábrica, ainda em construção em Ribeirão das Neves, o presidente da Unitec, Frederico Blumenschein, explicou a parceria para a produção dos dispositivos. Um deles será voltado para o monitoramento da dengue. O mecanismo deve permitir ao agente de saúde identificar in loco se o mosquito está contaminado e o tipo de dengue que ele pode transmitir. Atualmente, é preciso fazer a captura do inseto para depois fazer o diagnóstico em laboratório. O aparelho permitirá lançar de imediato o resultado em uma rede ampla de contágio do município. Segundo Blumenschein, entre os possíveis clientes estão o Ministério da Saúde e prefeituras.

Outro produto que será desenvolvido será voltado para o programa Rede Cegonha. Um aparelho deve processar parte dos exames feitos por grávidas. O grupo também deverá investir no desenvolvimento de chips voltados para cartões bancários, de telefonia e de transporte de passageiros. A fábrica deve gerar 400 empregos diretos.