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Estado de Minas

Jabuticaba ganha selo de qualidade


postado em 14/12/2014 06:00 / atualizado em 14/12/2014 11:04

Depois de conquistar o título de terra da jabuticaba, Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quer, agora, ser reconhecida como a legítima produtora de geleia, licor e molho feitos da caprichosa fruta e de casca de jabuticaba cristalizada. Craques na culinária típica da cidade histórica, onde a árvore é cultivada em pelo menos 15 mil domicílios, 28 artesãs apresentaram o pedido de indicação geográfica das quatro iguarias ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A intenção do grupo, reunido na Associação dos Produtores de Derivados de Jabuticaba de Sabará (Asprodejas), é trilhar o mesmo caminho da cachaça de Salinas, do queijo do Serro e do biscoito de São Tiago, entre outras receitas mineiras que fortaleceram uma cadeia de pequenos negócios, ao garantir o selo.


O Inpi deu início ao processo de análise dos documentos. Não há prazo definido para o julgamento do pedido. A artesã Déa Ramalho Evangelista, presidente da Asprodejas, não vê o momento de poder diferenciar a produção local, esperado para, no máximo, um ano e meio. “O selo será uma segurança para as artesãs, que aprenderam a trabalhar com a pretinha complicada e sensível”, afirma. A maioria delas aprendeu a fazer o doce com a mãe e dessa arte evoluiu para a produção de licores, molhos, vinhos, uísque e, mais recentemente, a cachaça.


O negócio se profissionalizou com o treinamento das artesãs em manutenção e segurança alimentar, permitindo a comercialização das iguarias durante o ano para todo o Brasil. Elas também já atendem pedidos na Argentina, Estados Unidos e Espanha. O melhor período de vendas coincide com o calendário do tradicional Festival da Jabuticaba de Sabará, sempre no fim do ano, assim que as primeiras chuvas criam o ambiente perfeito para o amadurecimento dos frutos, deixando as cascas finas.
Além dos empregos gerados em torno do evento, cerca de 60 mil turistas atraídos pelos prazeres da culinária movimentam ao redor de R$ 5 milhões em gastos, segundo estimativa da prefeitura do município. O festival explora a fruta, associando os produtos derivados ao artesanato e aos pontos turísticos da cidade.


“A indicação geográfica vai dinamizar uma produção que proporciona o encadeamento de várias atividades, dos quintais ao artesanato, passando pelo comércio e o setor de turismo”, diz o prefeito Diógenes Fantini. A prefeitura alimenta a produção doando mudas produzidas pela mineradora Vale numa extinta área de mineração de ferro. Outro incentivo é o benefício de desconto no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para os contribuintes que tiverem pés de jabuticaba em casa.


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