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Estado de Minas

Sem dinheiro em caixa, governo suspende reduções do IPI para automóveis

Preço de carro vai subir em janeiro. Decisão foi divulgada nessa quinta-feira pelo presidente da Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan


postado em 21/11/2014 06:00 / atualizado em 21/11/2014 07:27

Repasse do imposto para modelos à venda depende das empresas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Repasse do imposto para modelos à venda depende das empresas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Já está decidido: em 1º de janeiro de 2015, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis vai aumentar. Sem espaço no orçamento para manter desonerações fiscais, o governo resolveu suspender as reduções de alíquota que beneficiavam o setor. Com isso, o preço dos carros também deverá subir.

A decisão foi divulgada nessa quinta-feira pelo presidente da Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, após reunião com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. “A questão do IPI já era para nós um fato consumado. Há uma decisão do governo pela implementação da alíquota cheia em janeiro”, disse Moan. Ele não quis antecipar qual poderá ser o aumento médio dos veículos devido à elevação do imposto. “Se vai ser repassado integramente (para os preços), é uma decisão de cada empresa”, explicou.

O reajuste do IPI ajudará o governo a ajustar as contas públicas, que sofreram forte deterioração neste ano. A desoneração do setor automotivo começou em 2012 com o objetivo de estimular a economia e combater os efeitos da crise global. Desde então, foi renovada várias vezes. Segundo a Receita Federal, até o fim de 2014, o Executivo deixará de arrecadar R$ 11,5 bilhões com essa política.

Com o retorno das alíquotas originais, o IPI cobrado de carros populares (motor 1.0) passará de 3% para 7% . No caso dos veículos médios, o imposto irá de 9% a 11% para os que têm motor flex, e de 10% a 13% nos movidos a gasolina. Carros com motor acima de 2 litros não tiveram descontos; portanto, as alíquotas continuarão em 18% (flex) e em 25% (gasolina).

Demissões O presidente da Anfavea descartou possibilidade de demissão de trabalhadores diante da decisão do governo. "A indústria automobilística tem empregados em um nível muito qualificado, resultado de forte investimentos em treinamento. Em função disso, sempre evitou reduzir pessoal. Vamos lutar para continuar produzindo e, principalmente, vendendo", declarou.

Moan lembrou que, depois de um primeiro semestre ruim, as vendas de veículos retomaram a alta no segundo semestre e disse esperar que o movimento continue. Ele informou ainda que pediu a Mantega uma definição rápida dos juros dos financiamentos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) que irá vigorara em 2015. Hoje, a taxa é de 6% ao ano para caminhões e ônibus e de 4,5% no caso de máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras.

“Hoje falamos muito mais de máquinas agrícolas, caminhões e ônibus. A posição do ministro é que ele vai estudar e levar em consideração”, disse. “O que solicitamos é que a taxa do próximo ano seja divulgada o mais rápido possível, de forma a evitar interrupções ou bolhas de consumo”, explicou. Questionado sobre a discussão a respeito da proporção da mistura de etanol na gasolina, Moan disse que o estudo da Anfavea sobre o assunto ainda não foi concluído.


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