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Estado de Minas

Indústrias do Sul e Sudeste do Brasil encolheram

Estudo da CNI mostra que participação no PIB em 10 anos foi maior por empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste


postado em 07/11/2014 06:00 / atualizado em 07/11/2014 07:25

Brasília – A indústria nacional continua perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB), que era de 33,1% em 2011 e está agora em 25%. O cenário atual deixa empresários pessimistas em relação à economia e eleva a pressão sobre o governo para inverter a tendência. Relatório apresentado ontem, durante o segundo e último dia do encontro organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste melhoraram a participação no PIB industrial no período de 10 anos – entre 2001 e 2011. O Norte cresceu 1,9% e o Centro-Oeste, 1,3%. O Sul e o Sudeste encolheram, respectivamente, 2,1% e 1,7%. São Paulo foi o estado que mais perdeu participação, encolhendo 7,7%, mesmo na liderança, com R$ 1,3 trilhão. Por outro lado, no Sudeste, o Rio de Janeiro foi o que mais ganhou: 2,5%, ajudado pelo setor petrolífero. Em terceiro vem Minas, com avanço de 2,2%

Os indicadores recentes mostram que a taxa de confiança do empresário está abaixo de 50 pontos nessas regiões que mais perderam participação no PIB. Já Norte, Nordeste e Centro-Oeste estão acima, mas ainda em níveis baixos.

O documento divulgado ontem pela CNI pede pressa para solucionar os problemas de competitividade do setor, para que ele “volte a ser o centro dinâmico do crescimento brasileiro”. “É preciso que o governo inicie 2015 apresentando ao setor privado e à sociedade a sua agenda", disse o diretor de política estratégica da CNI, José Augusto Fernandes.

Investimento

O fraco desempenho da economia, que deve crescer só 0,3% este ano, tem deixado empresários sem vontade de investir. Atualmente, a taxa de investimento em relação ao PIB está em 16% e, nesse patamar, será difícil de o país voltar a crescer de forma sustentável. Para isso, é preciso que o governo apresente um plano de governo com metas e prazos além de propostas concretas. “Temos que trabalhar para o investimento voltar a crescer.”

O ideal é que ele esteja em torno de 22% do PIB. As concessões são importantes, mas o empresário vai investir em novas fábricas se ele sentir que as propostas do governo são no sentido de melhorar a competitividade, o ambiente de negócio, de fazer com que o Brasil tenha realmente acordos internacionais que possibilitem a indústria nacional exportar. “Você não consegue construir uma indústria para viver apenas do mercado interno. Ela tem que ser competitiva para participar do mercado global”, destacou o presidente da CNI, Robson Andrade.

Frustração

A falta de confiança é crescente até mesmo em setores que ainda têm fôlego, como é o caso das 153 empresas do polo industrial de Santa Rita do Sapucaí (MG) e que faturaram R$ 2,7 bilhões no ano passado. “Estamos bastante pessimistas. Há um sentimento de frustração com relação à economia. O setor vinha crescendo perto de 30% ao ano, mas neste ano a nossa expectativa é termos uma expansão bem menor, de 12%”, contou o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto Souza Pinto, que demonstrou preocupação com a instabilidade da moeda brasileira. “O que mais nos preocupa no momento é a instabilidade da economia.”

 


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