As altas temperaturas abrem as portas para novos negócios. A novidade são as recém-chegadas paletas mexicanas, picolés artesanais e naturais inspirados no país latino e que já estão entre os queridinhos em algumas capitais brasileiras. A moda trouxe para Belo Horizonte empresas de outros estados, além da mineira Los Niños Paletas Mexicanas, com fábrica própria na capital.
A loja fica na Praça da Savassi e segundo o proprietário, está com alto índice de aceitação do público. "Muitas pessoas deslocam de suas casas para experimentar a paleta. Temos um planejamento de até o fim do ano inaugurarmos a segunda loja e estruturar uma forte rede de franquia em Minas", disse um dos proprietários, Marllus Paiva. O negócio segue a linha do mercado que contabiliza faturamento de R$ 4 bilhões ao ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Sorvete (Abis). Em volume, o crescimento acumulado no setor nos últimos dez anos chegou a 81,6% com 1,2 bilhão de litros em 2013.
Outra empresa que aposta suas fichas em BH é a baiana Helado Monterrey. Fundada em setembro de 2013, a marca vendeu 1 milhão de picolés no primeiro semestre e a expectativa é fechar 2014, com cerca de 5 milhões de paletas vendidas. A média de preço é de R$ 6 a R$ 8, dependendo do tipo do picolé, e o faturamento mensal é de R$ 1,5 milhões.
Com o boom das paletas, outra empresa recém-chegada a Belo Horizonte é a carioca Paleteca, presente em vários centros de compras. Além de BH, a marca também já instalou lojas no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Os sabores vão desde a disputada paleta Romeu e Julieta - Queijo com Goiabada, a de morango recheada com leite condensado, a de chocolate belga, entre outras. Para quem quer algo mais natural, paletas de açai, manga, morango e abacaxi, além dos sabores diets também fazem sucesso.
Quem provou garante que o “superpicolé” não deixa a desejar em relação aos vendidos lá fora. O professor de educação física Luiz Fernando Crisóstomo morou cinco anos no México e há três retornou para o Brasil. “As paletas são iguais, o que pode mudar são os sabores. No México, por exemplo, tem o de Pimenta com manga, que ainda não vi aqui em BH, mas os sabores adaptados para o nosso país são igualmente saborosos”, disse.