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Estado de Minas

Greve dos bancos afeta correntistas

Na capital mineira, dezenas de agências bancárias fecharam as portas ontem


postado em 01/10/2014 06:00 / atualizado em 01/10/2014 07:19

Correntistas foram prejudicados no primeiro dia da greve nacional e por tempo indeterminado dos bancários. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e aumento salarial de 12,5%, o que elevaria o piso na função para R$ 2.979,25 e garantiria um ganho real de 5,8% acima do indicador usado para cálculo de correção da remuneração, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – alta de 6,35% no acumulado dos 12 meses encerrados em agosto. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aumento de 7,35% nos salários (0,94% de aumento real) e de 8% no piso.

Amanhã, como parte dos protestos, bancários de todo o país devem fazer protestos em frente à sede do Banco Central, em Brasília, e nas portas dos prédios regionais. Na capital mineira, o edifício da instituição fica no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, onde dezenas de agências bancárias fecharam as portas ontem. Na prática, apenas um ou outro gerente e seguranças permaneceram no interior dos bancos. Vários correntistas se sentiram prejudicados com a paralisação.

Um deles foi o pedreiro Oséas Lucas de Oliveira, de 53 anos, morador do Bairro Vista Alegre, na Região Leste da capital. Ele chegou a uma agência na Praça Sete às 11h45. Saiu de lá decepcionado: “Abri uma conta na semana passada e ainda não recebi o cartão para saque em caixas eletrônicos. Ocorre que preciso sacar um dinheiro para pagar uma conta em outro banco e não há bancário para me atender. No outro banco, não tenho fundo suficiente para quitar a conta. O boleto vence hoje (ontem) e terei de pagá-lo depois, com juro”.

PRESTAÇÃO
Dona Maria de Fátima Gomes, de 55, também lamentou a viagem perdida de sua casa ao Centro da cidade. “Moro no Bairro São Marcos (Região Norte) e vim de ônibus para pagar a guia da prestação de um veículo. Voltarei em casa e tentarei resolver pelo telefone. Tomara que dê certo.” É bom lembrar que o consumidor com contas em atraso devem entrar em contato com a empresa que vendeu o produto ou serviço e solicitar outra forma de pagamento.

Na hipótese de concessionárias de serviço público, como água e luz, as contas em atraso podem ser quitadas no caixa eletrônico normalmente – os juros virão na próxima fatura. O cliente ainda tem a opção de fazer o pagamento pela internet ou aplicativo no celular.

A categoria não deixou de protestar nas ruas de várias cidades. Em BH, um ato ocorreu em frente à unidade da Caixa Econômica Federal (CEF) na Praça Sete. Bancários de diversas empresas públicas e privadas endossaram as bandeiras reivindicadas pela categoria. “Queremos um reajuste digno, mas também queremos melhor condição de trabalho. Queremos, por exemplo, saúde. Atualmente 67% dos casos de afastamento dos bancários ocorrem em razão de doenças psíquicas. Queremos qualidade de vida”, criticou Eliana Brasil, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região. Em BH, Contagem e Betim, foram 110 agências fechadas.


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