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Estado de Minas

Queda na abertura de negócios no país chega a 13,1% no primeiro semestre

Em Minas, a retração foi maior, de 14,7% nos primeiros seis meses deste ano


postado em 03/09/2014 06:00 / atualizado em 03/09/2014 07:31

Reflexo da crise econômica internacional e do desaquecimento interno do consumo, a abertura de novas empresas no Brasil fechou o primeiro semestre de 2014 com queda de 13,1% no confronto com o mesmo período do ano anterior. Foi a terceira queda consecutiva nesse tipo de comparação: o indicador ficou em -9,3% em 2012 e em -7,9% em 2013. Cenário semelhante foi observado em Minas Gerais: -14,7% nos primeiros seis meses deste ano, -8,8% em 2013 e -6,7% em 2012. Em números absolutos, foram abertas 240.282 empresas no país e 21.737 no estado na primeira metade deste ano.

Os dados fazem parte do Empresômetro, estudo divulgado semestralmente pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O último período em que houve crescimento no país foi em 2011, quando houve alta de 4,5% na geração de novos negócios em relação a igual período do ano anterior, destacou o presidente do conselho superior e coordenador de estudos da entidade, Gilberto Luiz do Amaral.

Ele faz um alerta para o atual semestre: A situação é preocupante e tem reflexos diretos no Produto Interno Bruto (PIB), pois em julho e na primeira quinzena de agosto a diminuição já ultrapassa 20% na geração de novos negócios, quando comparado com igual período de 2013. As palavras de Amaral reforçam outro indicador divulgado esta semana: o Relatório Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central. No levantamento, os economistas fizeram a revisão de suas projeções de crescimento do PIB doméstico de 0,7% para 0,52% entre janeiro e dezembro. Vale lembrar que o Relatório Focus leva em conta a opinião dos 100 maiores economistas do mercado nacional. Há quatro semanas, a previsão desses especialistas era de aumento de 0,86%.

FORÇA NOS SERVIÇOS Das 21,7 mil empresas abertas no estado, o setor de serviços foi o que liderou o ranking, com 12.130 empreendimentos. Em seguida, aparecem os ramos do comércio (7.320), indústria (1.263), financeiro (513) e agronegócio (511). Respectivamente, essas estatísticas, em nível nacional, foram de 130,4 mil, 87,6 mil, 13 mil, 4,6 mil e 4,5 mil.

Para o IBPT, a liderança do mercado de serviços é um fenômeno relativamente preocupante: O setor de serviços, que em 2010 respondia por 45,6% das novas empresas abertas, passou a representar 54,3% em 2014. Esse ‘fenômeno’ é relativamente preocupante, haja vista o aumento da importância e a dependência do país no setor terciário da econômica, uma vez que esse segmento causa impacto menor na cadeia de valor.

O estudo apurou que oito capitais lideram o ranking de abertura de empresas nas 100 maiores cidades brasileiras. Juntas, elas respondem por 61,8 mil novos empreendimentos, o que corresponde a 47,6% do total de unidades criadas no primeiro semestre. São Paulo, com 30,5 mil empresas, é a primeira da fila, seguida por Rio de Janeiro (7,9 mil) e Belo Horizonte (4,9 mil).

Todas as três, em relação ao primeiro semestre do ano passado, tiveram recuo no indicador, uma vez que em São Paulo haviam sido abertos 31,4 mil empreendimentos, no Rio de Janeiro, 9 mil unidades e em Belo Horizonte, 5,3 mil organizações. A primeira cidade não capital a aparecer no ranking deste ano é Campinas (SP): com 2,6 mil empreendimentos.


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