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Estado de Minas

Gastos de turistas estrangeiros com cartões chegou a US$ 380 milhões

Dessa fatia, BH recebeu só US$ 10,2 mi. Grande parte dos gastos ficaram em cidades que não foram sedes dos jogos


postado em 19/07/2014 06:00 / atualizado em 19/07/2014 08:01

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


Quase metade dos valores desembolsados por turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo foi parar em cidades que não eram sedes dos jogos, segundo balanço feito pela operadora Visa com base nos gastos dos gringos que usaram seus cartões. Ao todo, durante os 32 dias do evento, os visitantes de outros países gastaram US$ 380 milhões (R$ 847 milhões), sendo que US$ 192,6 foram gastos nas cidades-sede e US$ 187,4 milhões foram parar em outros municípios, como Ouro Preto e Mariana, onde os torcedores chegaram por indicação dos guias, para conhecer um pouco da arquitetura da história colonial brasileira.

Pelo balanço, apenas 2,7% do valor gasto pelos turistas estrangeiros foi desembolsado em Belo Horizonte. Os gastos totalizaram US$ 10,2 milhões. A capital foi a sexta com maior valor entre as cidades-sede, segundo a pesquisa. A cidade foi a terceira com menor avanço em relação ao ano passado nos gastos com produtos internacionais da bandeira Visa. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam o topo da lista, com gastos de US$ 59,1 milhões e US$ 28,1 milhões, respectivamente. Cuiabá foi a última entre as cidades-sede (US$ 2,3 milhões).

Disparada

No comparativo com a Copa do Mundo da África do Sul, disputada em 2010, os gastos tiveram alta de 47,2%, se considerados os cartões da bandeira que patrocina a Copa do Mundo. No país africano, os estrangeiros desembolsaram US$ 258 milhões, ou seja, US$ 122 milhões a menos. “Na preparação para a Copa do Mundo, muitos comerciantes realizaram investimentos para aumentar a aceitação de meios eletrônicos de pagamentos, com o objetivo de melhor servir os viajantes globais”, afirma o diretor da Visa no Brasil, Ruben Osta.

Pelo levantamento, o setor que teve maior aumento de gastos foi o de restaurantes, com alta de 481%. Em seguida, os pagamentos mais expressivos foram registrados no varejo (141%) e com hospedagem (114%).    

Em Ouro Preto, os gringos supriram em parte o vazio causado pela ausência dos brasileiros. Segundo o secretário de Turismo e Cultura de Ouro Preto, Jarbas Avellar, apesar do grande número de estrangeiros, a rede hoteleira ficou com a taxa de ocupação abaixo do normal, entre 30% e 40%. “Substituiu uma pequena parcela, mas não encheu a cidade”, diz. Avellar explica que poucos visitantes dormiram na cidade. Mas um ponto é preciso ser considerado: a divulgação. “Tivemos um turismo fotográfico forte”, diz o secretário, que acredita na visita de parentes e amigos desses turistas a partir da divulgação das fotos.

O estudo mostra também que os norte-americanos foram os que mais gastaram durante o Mundial: US$ 94,4 milhões. Britânicos (US$ 32 milhões) e franceses (US$ 25,3 milhões) ocupam os outros dois lugares do pódio, seguidos por argentinos (US$ 20,6 milhões) e mexicanos (US$ 16,9 milhões). A colocação, no entanto, não significa que os cinco primeiros são os mais “mãos abertas”. O número absoluto desconsidera a quantidade de turistas que vieram ao Brasil.

Os gastos dos gringos mostram uma surpresa. O ranking com as 20 nacionalidades com desembolsos mais altos indica cinco países que não disputaram a Copa – Angola, Canadá, Noruega, China e Peru. Dos 32 participantes do evento, 15 aparecem na lista.


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