A diferença nas taxas de câmbio cobradas pelos bancos nos cartões de crédito nas compras em dólar pode chegar a 5,43%, conforme levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste) em parceria com o economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Foram apuradas as taxas aplicadas por sete bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Citibank, HSBC, Itaú e Santander) em comparação com as taxas divulgadas pelo Banco Central do dólar comercial para o mesmo dia. (Veja quadro)
A maior taxa (5,43%) foi encontrada no cartão selecionado do Santander. Já o cartão da Caixa foi o que cobrou a menor diferença em relação ao dólar comercial, 0,45%. O consumidor que tiver uma fatura de US$ 1 mil economiza R$ 114,48 no cartão da Caixa Econômica Federal, em vez do Santander, considerando-se uma taxa de dólar comercial a R$ 2,30.
Segundo a ProTeste, a taxa de câmbio do dólar comercial (que historicamente nos últimos 5 anos é aproximadamente 6% menor do que a do dólar turismo) deveria ser referência pelos cartões de crédito. A associação ressalta que os bancos não são obrigados a cobrar a taxa de câmbio comercial, mas são orientados a utilizá-la como referência, e por isso acabam sempre cobrando um valor a mais. Outro ponto que merece atenção por parte do consumidor é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

