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Estado de Minas

Indústria cresce em janeiro após quedas em 2013, mas ainda é cedo para falar em reação

O setor surpreendeu com crescimento de 2,9% da produção frente a dezembro, mas recuperação ainda é tênue para indicar qualquer tendência


postado em 12/03/2014 06:00 / atualizado em 12/03/2014 07:44

Nem sempre a bonança que dá sequência a um período de tempestades significa vida nova, pelo menos para a indústria brasileira. O setor surpreendeu em janeiro com crescimento de 2,9% da produção frente a dezembro, na série de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) livre de influências sazonais sobre o ritmo de atividade das fábricas. O resultado compensou quedas de 0,6% e 3,7% em novembro e dezembro, respectivamente. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também constatou um começo de 2014 com sinais de reação, ao apurar alta de 1,6% do faturamento na mesma base de comparação, de 0,3% do emprego e de 0,9% da massa salarial (a soma de todos os salários pagos), descontada a inflação. A recuperação, no entanto, ainda é tênue, para indicar qualquer tendência, depois de um 2013 marcado pela volatilidade constante dos índices.

Os números lançaram um certo otimismo sobre as análises da CNI, mas contido, definiu o gerente-executivo de Política Econômica da instituição, Flávio Castelo Branco, ao divulgar nessa terça-feira a pesquisa Indicadores Industriais relativa a janeiro. “Com toda a nossa experiência de volatilidade, principalmente no ano passado, temos cautela em relação a um ou dois resultados positivos. Ainda é cedo para caracterizarmos esses dados como nova tendência”, afirmou.

O analista do IBGE em Minas Gerais, Antônio Braz, não só concorda com a afirmação, como observou que o atual nível de produção da indústria brasileira está 4% abaixo do de maio de 2011, o mais alto dos últimos 10 anos, quanto é 3,5% inferior ao de setembro de 2008, portanto antes da crise financeira mundial. “As diferenças indicam que precisamos esperar uma sequência de resultados por mais um trimestre, pelo menos, para avaliar tendência do comportamento do setor”, disse. Em relação a janeiro de 2013, a produção deste início de 2014 caiu 2,4%.

De acordo com a pesquisa do IBGE, na comparação de janeiro com dezembro, houve melhora generalizada, mediante evolução positiva da produção de 17 dos 27 ramos do setor pesquisados. Os destaques ficaram por conta das indústrias farmacêutica (29,4%), veículos automotores (8,7%) e máquinas e equipamentos (6,4%). Com base no levantamento da CNI, o faturamento cresceu em 16 dos 21 segmentos da indústria da transformação avaliados. O indicador de uso da capacidade instalada das fábricas, de 82,7%, superou o nível de dezembro em 0,6 ponto percentual e foi o maior nos últimos nove meses. Segundo Flávio Castelo Branco, da CNI, o resultado do mês passado deve ser melhor, considerando-se que não ocorreu interrupção nas fábricas, uma vez que o carnaval foi comemorado neste mês.

VEÍCULOS A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou ontem o aumento de 18,7% em fevereiro da produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no país, que alcançou 281,5 mil veículos. Ante o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 16,9%. Quando analisados os licenciamentos feitos em janeiro e fevereiro, de 571,9 mil unidades, o resultado é o melhor do bimestre analisado desde 2004 e, frente a idêntico período de 2013, mostra acréscimo de 4,6%.


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