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Estado de Minas

Venda no varejo em 2013 é a pior em 10 anos

Em dezembro, houve queda de 0,2%, o primeiro recuo após nove meses de alta. No acumulado do ano, as vendas cresceram 4,3%, o menor avanço desde 2003


postado em 13/02/2014 09:49 / atualizado em 13/02/2014 13:01

O varejo encerrou o ano em baixa. Em dezembro, as vendas caíram 0,2%, a primeira queda após nove meses seguidos de alta e fechou 2013 acumulando alta de 4,3%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado de 2013 foi o menor em dez anos. Em 2003, as vendas haviam registrado queda de 3,67%.

O IBGE atribui a desaceleração do comércio ao setor de supermercados, alimentos e bebidas, que registrou alta de apenas 1,9% no ano passado. Em 2012, esse setor havia crescido 8,5% frente 2011, "Houve desaceleração do ritmo de crescimento da massa real de salário, com taxa de variação de 2,9% em 2013, contra os 6,5% de 2012", destaca o IBGE.

Já a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu de 10,1%, em relação ao ano anterior. Segundo o IBGE, a variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral e a expansão da massa de salários, somadas ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral do varejo.Os setores de combustíveis (6,3%) e equipamentos de informática e comunicação (7,2%) também tiveram altas expressivas.

No entanto, houve queda do ritmo de crescimento das vendas de veículos, motos, partes e peças, de 7,3% em 2012 para 1,4% em 2013. O segmento teve o pior resultado no ano passado desde 2003, quando o volume vendido caiu 7,2%."Como os veículos são bens duráveis, a capacidade de substituição desses bens é um pouco limitada. Ninguém troca de veículo todo ano", disse Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Apesar das políticas de incentivo do governo, com taxas de IPI mais baixas, elas não têm tido o mesmo impacto que em anos anteriores", acrescentou.


Ainda no varejo ampliado, a atividade de material de construção registrou crescimento de 6,9% em 2013, após um aumento de 8% em 2012. Segundo Aleciana, as condições de crédito ainda estão favoráveis para o segmento.

A alta nos preços de artigos de mobiliário prejudicou o resultado das vendas de móveis e eletrodomésticos em 2013. A atividade de móveis e eletrodomésticos registrou crescimento de 5% nas vendas no ano passado. Em 2012, a alta tinha alcançado dois dígitos, 12,2%.

"Em 2013, a parte de móveis teve queda de 1,6% nas vendas. Esse decréscimo a gente explica por preços. O preço de artigos de mobiliário, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), cresceu 4,8% em 2012. Em 2013, aumentou 9,2%, acima da inflação geral", apontou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Os móveis respondem por 35% da atividade de móveis e eletrodomésticos. Em 2013, as vendas apenas da parte de eletrodomésticos registraram expansão de 8,6%.

(Com Agência Estado)


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