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Estado de Minas

Comércio de BH deve absorver 12% dos temporários para a Copa

CDL-BH mantém a estimativa de 9,3 mil trabalhadores admitidos em dezembro temporariamente na capital


postado em 07/01/2014 06:00 / atualizado em 07/01/2014 07:37

A escassez de mão de obra qualificada no comércio e a expectativa de aumento das vendas a Copa do Mundo deverão garantir, neste ano, a efetivação de boa parte dos trabalhadores contratados para reforçar o atendimento das lojas no Natal, a despeito do desempenho mais fraco das vendas em comparação às projeções dos lojistas. Só no fim do mês as instituições do varejo terão o balanço das contratações. De volta, ontem, à rotina, há quem avalie como mais provável o aproveitamento de 10% a 12% dos empregados com contrato temporário.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) mantém a estimativa de 9,3 mil trabalhadores admitidos em dezembro temporariamente na capital mineira, o que teria representado 3% a mais frente ao universo de contratados em 2012. O percentual de efetivação não foi divulgado. A estimativa dos temporários é bem próxima das previsões de expansão das vendas motivadas pelas festas de fim de ano divulgadas com base no indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) – de 2,97% entre os dias 18 e 24 – e pela empresa de serviços bancários Serasa Experian, de 2,7%.

“A dificuldade de contratar gente competente é tão grande que as empresas preferem não desperdiçar os talentos. A eficiência vale mais que o status do trabalhador no quadro de pessoal. E essa dificuldade tende a crescer para o período da Copa do Mundo”, afirma Flávio Assunção, presidente da Associação dos Lojistas do Hipercentro de BH. Ele acredita que o comércio da área central da cidade faturou muito pouco acima do resultado dos negócios no Natal de 2012, em consequência do sumiço do consumidor provocado pelas obras do BRT, o sistema de transporte rápido por ônibus, nas avenidas Santos Dumont e Paraná.

Os lojistas é que estão correndo atrás de trabalhadores para preencher vagas de vendedores, estoquistas, analistas de crédito e caixas, em especial, segundo a coordenadora da CDL Educação, braço da instituição mineira envolvido na formação e qualificação profissional, Virgínia Figueiredo. “É relevante para as contratações deste ano o fato de que os lojistas já enfrentavam déficit no seu quadro de pessoal e o período das vendas do Natal permite a eles conhecer o trabalhador temporário e vice-versa”, afirma.


No Sindicato dos Comerciários de BH e Região Metropolitana, a esperança de efetivação está entre 10% e 12%, esse último percentual numa hipótese otimista demais, para o vice-presidente da instituição, José Alves Paixão. “O problema é que parte dessas contratações ocorre como substituição dos trabalhadores mais antigos numa estratégia de reduzir a remuneração do empregado, com o que não podemos concordar”, critica. Além do salário fixo, o comércio paga comissões que costumam ser maiores para quem tem mais tempo de casa, destaca o sindicalista.

A expectativa de efetivação de 12% dos contratados por tempo determinado em dezembro foi apontada em pesquisa do Sindicato das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). Até o Natal, 160 mil trabalhadores teriam sido contratados pelo comércio no Brasil. Os jovens em primeiro emprego preencheram 20% das vagas. Balanço preliminar do Sindicato dos Comerciários de BH das homologações de rescisões de contratos de trabalho feitas em 2013 indicou demissões de 25 mil trabalhadores na capital mineira e entorno. Os cortes superaram em 3% as dispensas em 2012.


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