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Estado de Minas

Renda fixa fica mais atraente no Brasil por causa dos juros altos

Diversificar é opçãoao para minimizar perdas


postado em 29/12/2013 06:00 / atualizado em 29/12/2013 08:47

Brasília – Com a Selic no topo do ranking global de juros reais, a renda fixa voltou a ficar atrativa no Brasil. Depois de um 2013 de mais baixas do que altas no segmento, 2014 promete desempenho melhor para os investidores. Não apenas com os títulos do Tesouro Nacional será possível obter bons ganhos, os fundos DI e imobiliários, os Certificados de Depósito Bancário (CBD), as Letras de Crédito Agrícola (LCA), todas essas aplicações mais tradicionais têm potencial para fazer um ano melhor que este que se encerra. Porém, não é bom entrar de cabeça em qualquer investimento, a perspectiva é de oscilações intensas em alguns ativos, o que pode levar a perdas para quem não estiver disposto a ter paciência. Renda fixa não é sinônimo de investimento livre de risco.

Para diminuir riscos e incrementar os lucros, a dica é diversificar não apenas os produtos financeiros, mas também as instituições onde fazer suas apostas. Diante da garantia para depósitos até R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), é possível aplicar, até este limite, em bancos menores, que pagam taxas mais elevadas do CDB, por exemplo. Em algumas dessas casas é possível obter até 110% da rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Em bancos maiores, esse retorno é bem inferior, entre 75% e 85%, a depender do perfil do cliente e do volume de aplicações na instituição.

Fazer uma carteira de investimentos em bancos diferentes pode ser trabalhoso e uma dica é montar essa operação por meio de corretoras, que podem intermediar essa relação e ajudar na gestão de todas essas contas. “Essa garantia do FGC abre possibilidade de fazer carteira em bancos médios com boa rentabilidade. Uma corretora, que tem arquitetura aberta, pode ajudar nisso. Em um banco você só tem disponíveis os produtos daquela instituição para comprar”, explica Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.

A renda fixa pode apresentar algumas opções para quem está disposto a poupar. A alta da Selic oferece elevação de ganhos com o CDB, que passou parte de 2013 pagando rentabilidade real negativa. Esse quadro, porém, começou a ser revertido com o aperto monetário que elevou a taxa básica de juros de 7,25% ao ano, em abril, para 10% em novembro. Para o mercado, essa taxa pode subir ainda mais e bater em pelo menos 10,5% ao ano. Como essa modalidade de investimento está diretamente ligada ao índice que é determinado pelo Banco Central, quando mais a autoridade monetária pesa a mão no juro, mais o rendimento dessa aplicação sobe. O mesmo vale para outros ativos de renda fixa.

Tesouro direto

Para cada perfil de investidor, há um tipo de papel indicado. O ideal, dizem especialistas, é montar uma carteira que combine todas as opções. Assim, caso um título tenha um desempenho inferior a outro, ao somar a rentabilidade da carteira, o lucro será certo. Especialistas recomendam o Tesouro Direto ao investidor com perfil conservador que queira juntar recursos a longo ou a médio prazo. “O Tesouro Direto tem sido, nos últimos anos, a melhor aplicação de renda fixa em termos de rentabilidade”, diz o economista Gilberto Braga, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Ele recomenda, no entanto, que a pessoa que investir em títulos públicos tenha também algum dinheiro aplicado em caderneta de poupança, para recorrer em caso de emergência. “Além disso, o ideal é combinar o vencimento dos papéis com o prazo em que a pessoa precisará do dinheiro. Assim, você não fica refém do risco de oscilação do mercado, caso tenha de vendê-lo antecipadamente”, conta Braga. É possível negociar títulos do programa, pela internet, sempre às quartas-feiras.


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