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Estado de Minas

Tarifa será de R$ 31,40 entre BH e Goiânia

Oferta pela 040, no dia 27, vai definir melhor opção entre de tarifa entre BH e Goiânia


postado em 05/12/2013 06:00 / atualizado em 05/12/2013 07:21

O motorista de carro de passeio que sair de Belo Horizonte com destino a Goiânia, em Goiás, terá que desembolsar R$ 31,40 com o pagamento de tarifas em 10 praças de pedágio. Caso o destino seja São José do Rio Preto, no interior paulista, o total será de R$ 17,60. Com deságio de 52%, a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) apresentou o menor lance entre os cinco concorrentes do leilão das BRs 060, 153 e 262, com tarifa de R$ 2,851 para cada 100 quilômetros rodados. O grupo vencedor opera o trecho concedido da BR-040 no estado. Hoje será assinado contrato da BR-050.

Os valores das tarifas nas três rodovias variam de R$ 2,10, em Fronteira (Minas), a R$ 3,90 em Itumbiara (Goiás), se aplicado o deságio para a tarifa teto estipulada pelo governo federal e feitos os devidos arredondamentos. Em Minas, serão sete praças de cobrança, sendo cinco na BR-262 e duas na BR-153. Das quatro em Goiás, três estão na BR-153 e uma na BR-060.

Em Minas, a Triunfo opera a BR-040, no trecho que se estende de Juiz de Fora até o Rio de Janeiro, desde 1995, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu o primeiro pacote de rodovias. O contrato se encerra em 2021. Fora do Sudeste, o grupo Triunfo possui ainda concessões no Rio Grande do Sul e no Paraná. Somados os contratos, a empresa opera 642,4 quilômetros de rodovias em todo o país. Em nota, a empresa diz que vai apresentar proposta pelo outro trecho da BR-040, entre Juiz de Fora e Brasília, que vai ser leiloado no dia 27. “A Triunfo tem interesse na 040”, diz a empresa por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa.

A segunda colocada no certame, o grupo Invepar, apresentou deságio de 42%; os consórcios Via Capital e Rodovias Federais 2013 deram lances de 41,19% e 37,99%, respectivamente. Em último ficou a Companhia de Participações em Concessões, futura sócia do aeroporto de Confins, com deságio de 21,41% em relação à tarifa teto. Em cerimônia no Palácio do Planalto, a presidente da República, Dilma Rousseff, classificou o resultado do leilão como “um sucesso”.

Pelas regras, 16% do trecho de 647,8 quilômetros que precisam ser duplicados estarão prontos até o segundo ano de contrato ou um ano depois da liberação da licença de instalação. Concluídos 10% da duplicação, é iniciada a cobrança do pedágio. Até o quinto ano, os 1.176,5 quilômetros devem estar duplicados. Nesse período serão investidos R$ 3,98 bilhões, o que representa 55,66% do aporte total previsto para os 30 anos de contrato. A empresa deve desembolsar mais R$ 3,58 bilhões com custos operacionais. Em contrapartida, a concessionária terá receita de R$ 22,96 bilhões com a cobrança de pedágio.

CONCORRÊNCIA


O leilão da BR-040, ligação entre BH e Brasília, deve definir qual será o melhor trajeto para os mineiros rumo a Goiânia. O percurso pela rodovia tem quase a mesma distância em relação às BRs 262 e 153, licitados ontem. O primeiro tem 885 quilômetros, ante 872 quilômetros do segundo. Somadas as tarifas teto das oito praças de pedágio previstas para a rodovia entre as capitais federal e mineira, o total a ser pago seria de R$ 66,40 na BR-040. Ou seja, o valor pago pelo viajante pode ser até 111,46% mais alto se ele optar pela 040, considerando o valor sem deságio.

Coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, concorda com a análise, mas adverte que, pelos cálculos, a partir de 2025 tanto a 040 quanto a 262 precisarão oferecer aumento de capacidade, com a construção de uma terceira pista em ambas. No entanto, ele vislumbra forte desenvolvimento de Minas com as duas estradas duplicadas com destino aos portos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, ainda que ainda falte a definição sobre a 262 sentido Vitória.

Assinatura abre nova fase para a 050


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) assina hoje o contrato de concessão do trecho de 436,6 quilômetros da BR-050, entre Goiás e Minas, com os representantes do Consórcio Planalto. A cerimônia será no gabinete do ministro dos Transportes, César Borges, em Brasília. Ontem, a agência reguladora emitiu o ato de outorga do lote, o primeiro encerrado com vencedores do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A Triunfo Participações e Investimentos, segunda colocada no certame, entrou com recurso contra a documentação do grupo vencedor, mas ele foi negado pela ANTT.

O próximo leilão rodoviário do Programa de Investimento Logístico será o da BR-163, no Mato Grosso do Sul, marcado para 17 de dezembro. No dia 27, será a vez do leilão da BR-040, entre Juiz de Fora e Brasília. O trecho de 938,8 quilômetros terá 11 praças de pedágio, sendo 10 em Minas e uma em Goiás. Caso haja interessados, serão 4.248 quilômetros de rodovias federais concedidos à iniciativa privada, o que representa aumento de 81% da malha concedida.

Por enquanto, três grupos venceram as licitações, o que garante a concorrência entre as empresas, como também é esperado pelo governo para os aeroportos. “O que vemos é uma espécie de dança do deságio. A empresa escolhe um lote e faz uma oferta mais alta. Mas não consegue fazer isso para todos os lotes”, afirma o coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, concordando com a avaliação da União sobre a repetição de players. “Monopólio é a pior coisa”, diz, recordando o processo de 2007, quando a OHL ficou com seis dos sete lotes licitados.

O Palácio do Planalto analisa novo formato para a duplicação das BRs 101 (BA), 116 (MG), 153 (GO-TO) e 262 (ES-MG). A avaliação do governo federal é que os quatro lotes têm menos interesse da iniciativa privada, o que pode implicar outros reveses semelhantes ao da BR-262, que não teve interessados no leilão. (PRF)


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