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Estado de Minas LEILÃO

Confins desperta setor de infraestrutura, que vai pedir medidas imediatas


postado em 20/11/2013 08:31 / atualizado em 20/11/2013 09:01

Entre as ações, entidades querem o funcionamento do terminal de cargas 24 horas por dia(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Entre as ações, entidades querem o funcionamento do terminal de cargas 24 horas por dia (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Passada a fase de apreensão quanto ao interesse de gigantes internacionais pela concessão do aeroporto de Confins, setores dependentes da infraestrutura já se organizam com reivindicações urgentes que estão prontas para serem entregues ao vencedor do leilão, tão logo o martelo seja batido nesta sexta-feira, concedendo a administração do Aeroporto Internacional Tancredo Neves à iniciativa privada. Entre as principais bandeiras está Confins 24 horas, o que significa abrir o aeroporto em tempo integral para o transporte de cargas aéreas. Hoje o terminal não consegue atender a demanda, tem horário reduzido, funciona até as 19 horas e fecha as portas nos fins de semana, o que afeta a balança comercial do estado, já que faz Minas perder competitividade, especialmente para São Paulo.

“As empresas que estão interessadas na concessão têm grande experiência e podem de imediato estender o funcionamento do terminal de cargas do aeroporto internacional Tancredo Neves”, defende Frederico Pace, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (Sdamg). “Esperamos que o terminal passe a operar por tempo integral e nos fins de semana. Queremos igualdade competitiva com Guarulhos, Viracopos (ambos no estado de São Paulo) e Galeão (Rio de Janeiro) que funcionam sete dias por semana”, completa.

No acumulado do ano até outubro, Minas Gerais exportou US$ 2,5 bilhões por via aérea, sendo que apenas 9% desse valor foram mercadorias embarcadas diretamente em Confins. A maioria segue de caminhão para São Paulo e de lá é embarcada. Segundo Pace, também diretor de aduanas da Atlas Comércio Exterior, o estado vem perdendo competitividade por questões que podem ser rapidamente modificadas. “Pequenos ajustes podem ser feitos com pequeno investimento, alcançando grande resultado.”

 

Pace cita como exemplo a ampliação de dormitórios para funcionários da fiscalização e também para equipe de segurança, estendendo o horário das operações. “Para se ter ideia, a fiscalização do Ministério da Agricultura só pode ter funcionários homens, porque só existe um dormitório masculino no aeroporto internacional.” Outra expectativa do setor é de que a solução de problemas nas operações seja mais ágil. “Há duas semanas aviões cargueiros não pousam em Confins porque está em manutenção o equipamento responsável por elevar a carga até o porão das aeronaves.

Leilão


Amanhã, antevéspera do leilão, o governo vai divulgar, se houver, os nomes dos candidatos rejeitados. Entre os interessados em atuar em Confins está o operador do aeroporto de Cingapura. Em parceria com a Odebrecht Transport, a Changi foi uma das empresas que apresentaram propostas para Galeão e Confins, que teria recebido pelo menos mais duas propostas. Na sexta-feira serão dados os lances para a concessão. “O resultado do leilão é imprevisível. Pode haver uma grande oferta dos grupos participantes. Enquanto o aeroporto do Galeão tem grande potencial turístico, Minas Gerais tem o perfil para o operação com cargas”, avalia Pedro Galdi, analista da SLW Consultoria.

O governo do estado comemorou o interesse de atores internacionais que se associaram a grupos brasileiros. “Estamos satisfeitos com o planejamento feito nos últimos 10 anos, iniciado em 2003 com a transferência de voos da Pampulha para Confins, o que capacitou o aeroporto a participar do processo de concessões, dando a Minas um porto aéreo”, aponta Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

Nos próximos oito anos o fluxo no aeroporto deve dobrar de 11 milhões para 20 milhões de passageiros e a partir de maio do ano que vem chegar ao aeroporto ficará oito minutos mais rápido com inauguração das entradas pela rodovias MG-010 e MG-424. Segundo ele, quanto ao transporte de cargas a perspectiva é de que os investimentos de infraestrutura deixe o aeroporto capaz de responder por 100% do fluxo, barateando o custo para indústrias com sede no estado. Quem vencer na sexta-feira fará um período de transição até a Copa do Mundo. Logo depois, em agosto, assume a administração do aeroporto.


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