Líderes em reclamações, os call centers foram alvo de críticas na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Assembleia Legislativa de Minas Gerais dessa quarta-feira. O ponto-chave da audiência foi o depoimento de um ex-funcionário do setor. O rapaz disse que a empresa oferecia treinamento para impedir que os clientes cancelem serviços. “A demora no atendimento é planejada. O cara tem que esperar até ficar nervoso e desistir”, disse o ex-funcionário, que trabalhou por seis anos em uma empresa que prestava serviço para a TIM.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais, Fernando Antônio Pereira Cançado criticou as empresas terceirizadas e afirmou que os trabalhadores são submetidos a baixos salários, coação e assédio moral, e cada vez mais são vítimas de doenças como perdas auditivas e outras causadas pelo trabalho ininterrupto. Ele afirmou, ainda, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marca dia e hora para as fiscalizações, de forma a garantir que os indicadores sejam alcançados. “É um jogo de cartas marcadas”, disse.
O deputado João Leite (PSDB) reconheceu que o Estado tem falhado mais do que as empresas, já que não cumpre seu papel de fiscalizar. “Se eles avisam com antecedência as datas das vistorias, então o resultado do jogo já está acertado”, afirmou.
Para o deputado Sargento Rodrigues (PDT), a relação entre as empresas e a Anatel é promíscua. “A Anatel só finge que está fiscalizando”, disse. O parlamentar também leu trechos de um jornal que falava sobre uma pesquisa da União Internacional de Telecomunicações que avaliou 161 países e colocou o Brasil como aquele com uma das maiores tarifas. “Um minuto em Hong Kong custa US$ 0,01 e no Brasil, US$ 0,71. É uma vergonha o que as empresas de telefonia fazem com o consumidor neste país”, disse.
Ao final da reunião, os deputados estaduais aprovaram um requerimento para que sejam feitas visitas às empresas de call center para verificar irregularidades relatadas durante a reunião.
Reclamações crescem 300%
Estudo divulgado recentemente pelo Ministério da Justiça apontou o número de reclamações contra esse tipo de atendimento aumentou 300% no país desde a criação da lei que fixa normas para o atendimento pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), há cinco anos. Segundo o estudo, somente no ano passado, foram registradas 80 mil queixas. O número é o dobro do verificado em 2011.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais, Fernando Antônio Pereira Cançado criticou as empresas terceirizadas e afirmou que os trabalhadores são submetidos a baixos salários, coação e assédio moral, e cada vez mais são vítimas de doenças como perdas auditivas e outras causadas pelo trabalho ininterrupto. Ele afirmou, ainda, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marca dia e hora para as fiscalizações, de forma a garantir que os indicadores sejam alcançados. “É um jogo de cartas marcadas”, disse.
O deputado João Leite (PSDB) reconheceu que o Estado tem falhado mais do que as empresas, já que não cumpre seu papel de fiscalizar. “Se eles avisam com antecedência as datas das vistorias, então o resultado do jogo já está acertado”, afirmou.
Para o deputado Sargento Rodrigues (PDT), a relação entre as empresas e a Anatel é promíscua. “A Anatel só finge que está fiscalizando”, disse. O parlamentar também leu trechos de um jornal que falava sobre uma pesquisa da União Internacional de Telecomunicações que avaliou 161 países e colocou o Brasil como aquele com uma das maiores tarifas. “Um minuto em Hong Kong custa US$ 0,01 e no Brasil, US$ 0,71. É uma vergonha o que as empresas de telefonia fazem com o consumidor neste país”, disse.
Ao final da reunião, os deputados estaduais aprovaram um requerimento para que sejam feitas visitas às empresas de call center para verificar irregularidades relatadas durante a reunião.
Reclamações crescem 300%
Estudo divulgado recentemente pelo Ministério da Justiça apontou o número de reclamações contra esse tipo de atendimento aumentou 300% no país desde a criação da lei que fixa normas para o atendimento pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), há cinco anos. Segundo o estudo, somente no ano passado, foram registradas 80 mil queixas. O número é o dobro do verificado em 2011.