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Estado de Minas

Pare e Siga até Confins atormenta passageiros

Obras na rodovia de acesso ao aeroporto interrompem tráfego e geram atrasos e transtornos para passageiros


postado em 27/09/2013 06:00 / atualizado em 27/09/2013 07:30

Sistema de
Sistema de "Pare e Siga" é usado para passagem de caminhões, provoca longas filas e aumenta tempo do trajeto de BH até o aeroporto (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

O passageiro que for viajar de avião nos próximos dias precisa se programar para sair com muita antecedência se o embarque for no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, para não correr o risco de perder o voo. Dependendo do meio de transporte, são necessárias pelo menos três horas de antecedência para chegar no horário do voo. Caso contrário, corre o risco de perder a viagem em função das retenções no trânsito na rodovia LMG-800 nas proximidades do aeroporto provocada pelas obras no acesso a Confins.

Com as obras, cuja segunda fase foi iniciada dia 11, longas filas de veículos se formam nos horários de maior concentração de voos. Uma única pista foi transformada em mão dupla e serve ainda de passagem para os caminhões da obra. Durante a execução do trabalho, eles precisam cruzar a pista com material de construção, como concreto e areia, paralisando o trânsito. Com placas de “Pare” e “Siga” , trabalhadores interrompem o fluxo de veículos nos dois sentidos para a passagem dos caminhões com as cargas. A paralisação acontece ao longo de todo o dia e os trabalhadores se revezam no serviço.

O administrador de empresas Celmo Guimarães de Macedo mora em São Paulo e veio a Belo Horizonte ontem visitar um cliente. Ele não sabia da obra e gastou quase duas horas da Savassi até Confins. Chegou atrasado para o voo e ainda enfrentou mais uma fila no balcão de check-in da companhia aérea. “O percurso do caminho é de uma hora. Eu me programei para chegar no aeroporto às 16h30, mas cheguei às 17h15. Atrasei em função da obra, que ainda está muito mal sinalizada”, disse. Ele pretendia almoçar no aeroporto, mas como não teve tempo, comprou um sanduiche e comeu na fila do check-in.

A servidora pública Adriana Ferreira Fernandes foi ontem para o Rio de Janeiro a passeio. Ela saiu de casa por volta das 15h30 e chegou em Confins às 18h. Adriana foi de ônibus da Conexão Aeroporto e conta que o atraso ocorreu em função da obra. “Já tinha vindo aqui com a obra, mas hoje foi bem pior. Demorei quase três horas no trajeto”, afirmou.

Até dezembro A segunda fase das obras da rodovia começou no dia 11 de setembro. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG), a previsão é de durar até o fim do ano. O DER alega que a mudança de tráfego no local foi planejada para que pudesse acarretar o menor impacto aos usuários da via. Por isto, foram distribuídos cerca de 300 mil folhetos explicativos em hotéis, eventos, prefeituras da região metropolitana, pontos turísticos, sites, redes sociais e no próprio aeroporto de Confins.

O DER afirma que os motoristas e usuários da via foram alertados para redobrar a atenção no trecho na altura do quilômetro três, próximo ao estacionamento do Minas Park, onde foi implantado o início do desvio. O alerta do DER é que os usuários da via e, sobretudo os passageiros do aeroporto, saiam de casa 30 minutos mais cedo.

As obras nas rodovias MG-424 e LMG-800, localizadas no Vetor Norte de Belo Horizonte, prevêem a revitalização, aumento de capacidade, duplicação e melhoramentos de cerca de 29 quilômetros de rodovias, construção de viadutos, trincheiras, passagens subterrâneas, passarelas, entre outras obras. Os investimentos são da ordem de R$ 373 milhões.

Prioridade nas estradas


Os pontos de maior concentração de acidentes devem ser os primeiros a serem duplicados nos próximos leilões do Programa de Investimento Logístico. Segundo recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), será preciso listar quais são os trechos de alto risco. A orientação é dar prioridades “às áreas de maior risco de acidentes, como os trechos com curvas e declividades acentuadas, com grande fluxo de pessoas e onde o atual estado da rodovia esteja mais degradado, bem como os trechos em que haja maior fluxo de veículos”, diz trecho do acórdão, de autoria do ministro Raimundo Carreiro.

O TCU aprovou na sessão plenária de quarta-feira as minutas referentes aos editais de concessão de três lotes do Programa de Investimento Logístico – BR-153 (TO-GO) e TO-080; BRs 060, 153 e 262 (DF-GO-MG) e BR-163 (MT). Os ministros fizeram esta única recomendação à ANTT. Pelos editais, a cobrança de tarifa só poderá ter início depois que 10% das obras de duplicação previstas tiverem sido concluídas.

Além da duplicação do trecho, outros quatro pontos têm que ser respeitados antes da cobrança de pedágio: integralização do capital social da concessionária; implantação das praças de pedágio; apresentação do programa de redução de acidentes e do cadastro do passivo ambiental e a execução dos trabalhos iniciais de recuperação e manutenção.

O ministro dos Transportes, César Borges, já deu indicações que o próximo lote a ser leiloado será o das BRs 060, 153 e 262 (DF-GO-MG), com dois trechos em Minas. A BR-262 se estende de Betim até o Triângulo Mineiro, enquanto a BR-153 corta o “nariz” do Triângulo Mineiro. Com o aval do TCU, o edital pode ser publicado. A expectativa é que a licitação seja feita em novembro. O lote foi o único a não ter o escopo alterado depois do revés do processo da BR-262. Os dois outros pacotes passaram por uma série de mudanças, com trechos sendo retirados e outros incluídos.


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