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Estado de Minas

Universitários fazem o papel de ministros na Gincana Mineira de Economia

Objetivo de jogo é resolver os problemas econômicos de países


postado em 31/08/2013 06:00 / atualizado em 31/08/2013 07:59

Igor Ribeiro de Almeida e Victor Hugo Ribeiro Alves estudantes da PUC(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Igor Ribeiro de Almeida e Victor Hugo Ribeiro Alves estudantes da PUC (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Encontrar soluções para os problemas econômicos do Brasil ou de países fictícios. Essa é a ideia do jogo Brincando de ministro, que reuniu estudantes de economia de todas as regiões de Minas Gerais na quinta-feira e ontem na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), na 5ª Gincana Mineira de Economia, coordenada pelo Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG). Ao todo, 28 estudantes de 19 faculdades diferentes entraram na disputa para discutir conceitos de 40 especialistas em economia.


As partidas são jogadas em dupla e cada participante é visto como um ministro da economia. O adversário lança na tela do computador do concorrente situações a serem dominadas e solucionadas, tais como valorização da moeda, elevação da taxa de juros, metas de inflação, entre outras. Os adversários precisam ser superados com habilidades estratégicas, demonstrando os conhecimentos adquiridos nas unidades de ensino.

Os alunos do 4º período do curso de economia da PUC Minas Igor Ribeiro de Almeida, de 21, e Victor Hugo Ribeiro Alves, de 19, que brincavam de ministro na gincana, contam que, apesar de formarem a dupla no jogo, divergem de opinião na hora de discutir os problemas mais graves da economia brasileira. Igor acredita que o protecionismo – conjunto de medidas tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos e a concorrência estrangeira – é o que mais contribui para a que a economia não cresça. “É preciso ter mais abertura dos mercados para aumentar a competitividade”, garante.

MENOS IMPOSTOS Uma das soluções expostas por Victor Alves durante o jogo seria diminuir a carga tributária de pessoas físicas e jurídicas, incentivando investimentos no país e diminuindo a burocracia. “O alto custo do Brasil é que faz ele perder fôlego na economia. Se uma empresa tem dois países como foco de investimentos, sendo um deles o Brasil, na maioria das vezes os investidores vão preferir o outro país por ser menos burocrático”, observa. Victor considera que enquanto uma empresa demora meses para conseguir abrir uma unidade em território brasileiro, em outros países as exigências são menores e, em apenas uma semana ou 15 dias, eles conseguem fazer o mesmo procedimento.

As estudantes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) Luana Grangeiro, de 21 anos, e Maria Luiza Pereira dos Santos, de 21, cursam o 7º período de economia e foram indicadas pelo coordenador do curso para a disputa. Sobre a economia brasileira, as duas vêm a dívida externa como maior problema. Brincando de ministra, mas levando o jogo a sério, Luana afirma que se fizesse parte do governo, o primeiro passo para fazer a economia deslanchar e o Brasil se tornar um país de primeiro mundo seria decretar a moratória da dívida externa. “Hoje, metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é usado pelo governo para pagar apenas os juros da dívida. Com isso, ela só aumenta, fazendo com que a capacidade de investimentos em saúde, educação e outras áreas fique restrita”, explica Luana. As estudantes acreditam que decretando a moratória, a capacidade de investimento do governo pode duplicar, tornando-se assim um país mais desenvolvido, com mais potencial. No entanto, como a maior parte da dívida externa brasileira é privada, essa moratória, na prática, não seria possível.

A brincadeira foi criada pelo economista Paulo Sandroni, da Universidade de São Paulo (USP), autor de diversos livros. O jogo foi transformado em software e a disputa movimenta anualmente alunos de economia de diversas faculdades de todo o Brasil. A dupla vencedora, que souber aplicar os conhecimentos corretamente em simulações práticas, vai disputar a Gincana Nacional, entre 4 e 7 de setembro, em Manaus (AM), que ocorrerá durante o 20º Congresso Brasileiro de Economia, organizado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon).


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