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Estado de Minas

Sem Petrobras, dólar sobe quase 1%

Moeda americana também reage à alta do PIB dos EUA


postado em 30/08/2013 06:00 / atualizado em 30/08/2013 07:29

Depois de dois dias seguidos de queda, o dólar fechou o pregão de ontem com alta de quase 1%, cotado a R$ 2,37, depois de chegar a R$ 2,38 na máxima do dia. Na semana, a valorização é de 0,71% e no mês, de 3,84%. No ano, a moeda já subiu 15,91%, mas o pacote de intervenções diárias do Banco Central chegou a surtir efeito. A moeda norte-americana, que bateu em R$ 2,48, recuou para R$ 2,33 durante a semana. Contudo, o movimento só durou tempo suficiente para aliviar a pressão sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que pôde fixar a alta de juros esperada pelos economistas, de 0,5 ponto percentual, elevando a Selic a 9% ao ano.

O mercado garante que o movimento de queda estancado ontem foi motivado pela injeção de dólares da Petrobras. A estatal brasileira, que tem autorização para manter um caixa no exterior e pode trazê-lo para o país quando achar conveniente, provocou o ingresso de US$ 750 milhões na terça-feira, e montante semelhante na quarta-feira, injetando no mercado mais de US$ 1,5 bilhão justamente nos dias de reunião do Copom. Sem qualquer ingresso ontem, a moeda norte-americana voltou a subir. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto.


Alguns especialistas também creditam a alta ao bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, de 2,5% no segundo trimestre do ano. Para o economista Jason Vieira, a renovação da confiança na maior economia do planeta valorizou o dólar frente a várias moedas e teve impacto diante do real. A variação da divisa dos EUA contra uma cesta de moedas atingiu a máxima em duas semanas. “A notícia impulsionou as cotações do dólar globalmente”, afirmou Vieira.

Na avaliação do gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, se o PIB dos EUA tivesse tido tanta influência, o movimento de alta não teria iniciado apenas à tarde, já que os dados da economia norte-americana eram conhecidos desde o início do dia. “Só se foi um efeito retardado porque o dólar abriu em queda e começou a subir bem mais tarde”, argumentou. Conforme Galhardo, outros dados tiveram impacto mais forte na alta do dólar, entre eles, o leilão de linha realizado pelo BC, sem negociações de contratos.

Bovespa

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também reagiu à volatilidade do dia de ontem. O Ibovespa chegou a avançar 1,39% na máxima da sessão, mas reduziu os ganhos ao longo do pregão e fechou em leve alta de 0,11% em 49.921 ponto.


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