A mineradora Ferrous espera melhorar a qualidade do minério, aumentar o volume de produção e também o faturamento da mina da Viga, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, com a inauguração de uma planta de alto campo magnético que demandou investimentos de R$ 40 milhões. A expectativa é aumentar em 10% a recuperação da massa de minério da planta e elevar o teor de minério do produto de 61,1% para 62%. Com isso, o incremento de receita será de cerca de US$ 20 milhões ao ano.
De acordo com Sérgio Sampaio, diretor-executivo de operações e também responsável pela implantação de novos projetos na companhia, a produtividade da Viga vai aumentar porque com a planta de alto campo magnético será possível recuperar cerca de 20% do material que era descartado anteriormente. “Dos 100% de rejeito, vamos aproveitar 20% a mais. Além disso, para cada ponto percentual acrescido na qualidade do minério, o mercado paga um prêmio de US$ 2,50 por tonelada e isso é muito significativo”, diz. Com o projeto de expansão da mina da Viga, cujas obras terão início no ano que vem, a empresa vai alcançar um volume anual de 17 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2017. No ano passado, a Ferrous produziu 3,2 milhões de toneladas.
Os novos separadores magnéticos da planta são do tipo carrossel e de alta intensidade. Eles criam um campo magnético que separa a sílica (areia) do minério de ferro comercializável. “O processo continuará o mesmo, mas o que antigamente era considerado rejeito será encaminhado para essa nova planta e reprocessado. Com a tecnologia, será possível reduzir o volume que antes era descartado para 10%. Essa redução no volume do rejeito aumentará o volume de produção, impactando na competitividade da Ferrous”, afirma Sampaio.
RECORDE A mineradora fechou julho com um novo recorde de produção, de mais de 500 mil toneladas de minério de ferro, considerando as minas da Viga, Esperança e Santanense. Esse volume é 30% maior que o último recorde conquistado. Isso indica, segundo a companhia, que, se o ritmo de produção for mantido, no fim do ano a meta de produção poderá ser ultrapassada em 1 milhão de toneladas. A companhia investiu cerca de US$ 1,1 bilhão no Brasil desde a sua fundação em 2007, o que inclui aquisição de jazidas minerais, empresas, terrenos, máquinas, equipamentos, engenharia, contratação de mão de obra, projetos de compensação ambientais e sociais.