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Estado de Minas

Ferrous investe na qualidade do minério com nova planta na Região Central

Inauguração de planta de alto campo magnético em Congonhas vai aumentar produção e, com isso, receita da mina da Viga


postado em 15/08/2013 06:00 / atualizado em 15/08/2013 07:06

A mineradora Ferrous espera melhorar a qualidade do minério, aumentar o volume de produção e também o faturamento da mina da Viga, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, com a inauguração de uma planta de alto campo magnético que demandou investimentos de R$ 40 milhões. A expectativa é aumentar em 10% a recuperação da massa de minério da planta e elevar o teor de minério do produto de 61,1% para 62%. Com isso, o incremento de receita será de cerca de US$ 20 milhões ao ano.

De acordo com Sérgio Sampaio, diretor-executivo de operações e também responsável pela implantação de novos projetos na companhia, a produtividade da Viga vai aumentar porque com a planta de alto campo magnético será possível recuperar cerca de 20% do material que era descartado anteriormente. “Dos 100% de rejeito, vamos aproveitar 20% a mais. Além disso, para cada ponto percentual acrescido na qualidade do minério, o mercado paga um prêmio de US$ 2,50 por tonelada e isso é muito significativo”, diz. Com o projeto de expansão da mina da Viga, cujas obras terão início no ano que vem, a empresa vai alcançar um volume anual de 17 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2017. No ano passado, a Ferrous produziu 3,2 milhões de toneladas.

O investimento da empresa ocorre num momento em que o preço do minério está em alta no mercado internacional, contra as expectativas dos analistas, que esperavam por uma queda no valor da commodity. Somente em 2013, o preço da tonelada do insumo já aumentou 13%, chegando ontem a US$ 141. “A China continua crescendo no ritmo estimado e, com isso, o mercado fica de bom humor. Além disso, a Índia, a partir deste ano, deixa de ser exportadora para passar a importadora de minério, o que significa aumento da demanda”, explica Sampaio. “O minério de ferro está num bom momento, o preço está aumentando, na contramão da expectativa do mercado.”

Os novos separadores magnéticos da planta são do tipo carrossel e de alta intensidade. Eles criam um campo magnético que separa a sílica (areia) do minério de ferro comercializável. “O processo continuará o mesmo, mas o que antigamente era considerado rejeito será encaminhado para essa nova planta e reprocessado. Com a tecnologia, será possível reduzir o volume que antes era descartado para 10%. Essa redução no volume do rejeito aumentará o volume de produção, impactando na competitividade da Ferrous”, afirma Sampaio.

RECORDE A mineradora fechou julho com um novo recorde de produção, de mais de 500 mil toneladas de minério de ferro, considerando as minas da Viga, Esperança e Santanense. Esse volume é 30% maior que o último recorde conquistado. Isso indica, segundo a companhia, que, se o ritmo de produção for mantido, no fim do ano a meta de produção poderá ser ultrapassada em 1 milhão de toneladas. A companhia investiu cerca de US$ 1,1 bilhão no Brasil desde a sua fundação em 2007, o que inclui aquisição de jazidas minerais, empresas, terrenos, máquinas, equipamentos, engenharia, contratação de mão de obra, projetos de compensação ambientais e sociais.


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