A rede hoteleira de Belo Horizonte comemora a vinda do ex-beatle Paul McCartney para a capital. Nas redondezas do Mineirão, as reservas dos quartos de hotéis e pousadas para amanhã estão esgotadas há mais de um mês. Em hotéis de padrão mais elevado, como Othon e Mercure Lourdes, a taxa de ocupação chegou a 100% no fim de semana do show ou restam apenas algumas vagas em quartos com tarifas mais elevadas. Em grande parte dos hotéis, o valor das tarifas é reajustado de acordo com a taxa de ocupação, assim como ocorre com os bilhetes aéreos. Em alguns casos, o preço da tarifa atual está o dobro do valor da mais econômica.

O Bristol Pampulha Lieu fica a um quilômetro do Mineirão e está com as reservas esgotadas para o dia do show há cerca de dois meses. Os hóspedes pagaram pela diária valores entre R$ 186 e R$ 450. “A taxa varia de acordo com a ocupação, igual nas companhias aéreas”, afirma o gerente Morvan Luiz de Oliveira. No total são 42 flats e 17 apartamentos, que vão receber público de cidades diversas, como Ubá, na Zona da Mata, e Montes Claros, no Norte de Minas. “Encheu mais rápido do que no Elton John. Os shows mobilizam muita gente e atraem mais pessoas do que em jogo de futebol", observa Oliveira.
A Pousada Sossego da Pampulha é uma das poucas na região e fica a cinco minutos do Mineirão. Para amanhã, a tarifa cobrada pela diária foi a praticada em alta temporada: R$ 193, sendo que em período normal é de R$ 165. Os 38 quartos estão com reservas esgotadas há um mês na pousada para o sábado do show. A maioria da demanda foi de turistas de cidades mineiras como Varginha (Sul) e Juiz de Fora (Zona da Mata), além de Brasília e capitais como Rio de Janeiro e São Paulo.
Estrangeiros
O Hotel Porto Vale é outro próximo do estádio e os quartos estão com reservas esgotadas há mais de um mês para o dia do show. São 30 apartamentos e a diária passou a custar a partir de R$ 170. “Não praticamos valor diferenciado para o evento”, afirma Márcio André Galindo, gerente do hotel. Ele revela que no jogo do Brasil contra o Chile, em 24 de abril, a procura maior aconteceu em cima da hora e por famílias. “Agora temos muitos casais e até estrangeiros”, diz Galindo. Na sua avaliação, a prefeitura deve continuar estimulando os eventos de lazer e negócios da cidade, já que incentivou a construção de hotéis.

Hóspedes estrangeiros
As reservas nos quartos no Othon Palace, no Centro da capital, estão praticamente esgotadas para amanhã. A ocupação está acima de 90%, sendo que em um fim de semana normal essa taxa é de 60%. “Só restaram alguns apartamentos de categorias superiores, como suítes superluxo, executivas e presidenciais”, diz Bruno Heleno Rosa, gerente geral do hotel.
A menor tarifa de diária encontrada no Othon para amanhã é de R$ 364, sendo que nos fins de semana normais esse valor é de R$ 200. “O show incrementou em 35% a procura por quartos no hotel”, afirma Rosa. Ele revela que há turistas de vários estados brasileiros e até de outros países, como França, Estados Unidos, Canadá, Itália, Japão, Paraguai e Venezuela.
O Royal Savassi está com 100% de ocupação para amanhã. O hotel preparou um pacote em que cobra R$ 299 pela diária (mais taxa de 15%). O valor inclui transporte de ida e volta para o aeroporto, café da manhã estendido até as 10h30 (o horário normal é às 10h) e check out mais tarde no domingo, às 16h. A maior parte dos turistas do hotel veio de Curitiba, Porto Alegre e cidades do interior, como Sete Lagoas, Divinópolis, Uberlândia e Uberaba. No Hotel Mercure, em Lourdes, a ocupação lotou para o fim de semana. No início, estava sendo cobrada a tarifa a partir de R$ 179 (diária cultural), mas há 20 dias o valor subiu para R$ 276.
Na Copa
Belo Horizonte conta hoje com cerca de 185 hotéis, segundo a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de Minas Gerais (Fhoremg). Até a Copa de 2014, esse número deve chegar a 220. Até a Copa das Confederações, em junho, devem ser inaugurados mais 11 empreendimentos, segundo levantamento da Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo (SMCopa).
Para quem ainda não conseguiu hospedagem para o show, na Região Central da capital, a disponibilidade de vagas é maior. No Hotel Sol, na Rua da Bahia, a demanda está normal. A expectativa do hotel é de manter a taxa de ocupação de 50% no fim de semana. O valor da diária é a partir de R$ 280. “A demanda maior deve ter acontecido na Região da Pampulha. Aqui no Centro está normal”, diz a gerente Débora Abreu. (GC)
