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Estado de Minas

Além de menos arriscada, poupança é a preferida dos brasileiros


postado em 09/12/2012 06:00 / atualizado em 09/12/2012 07:38

Brasília – A maioria dos consumidores brasileiros ainda não tem o hábito de poupar regularmente. Uma pesquisa divulgada no fim de novembro pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revelou que apenas cerca de quatro em cada 10 pessoas (39%) realizam aplicações periódicas. E das que o fazem, 90% apostam somente na caderneta de poupança. Mas, em tempos de inflação com tendência de alta, é importante que esses investidores fiquem atentos. Em novembro, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a base do sistema de metas da inflação, aumentou 0,60%, o rendimento da caderneta ficou abaixo disso, tanto para a nova (0,41%) quanto para a velha (0,50%).


A preferência pela poupança se deve à segurança que essa forma de reservar dinheiro oferece ao aplicador que quer ter uma quantia para ser prontamente acessada em situações emergenciais, de acordo com a CNDL. “A caderneta ainda é considerada o melhor investimento para quem tem pouco recurso para guardar. A simplicidade, a isenção do Imposto de Renda e a liquidez são os principais fatores para essa escolha”, explica o economista Roberto Luís Troster. É o caso da microempresária Neide Barbosa, 44 anos, que resguarda dessa forma o que sobra no mês. “Já investi em fundos e até em ações. Mas hoje, prefiro a caderneta porque não sei o dia de amanhã”, conta ela.


Ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Troster lembra que a falta de informações sobre outros tipos de investimentos existentes no mercado justifica o fato de o brasileiro ainda preferir a poupança. “Por isso, o volume desse tipo de aplicação cresce, apesar das recentes mudanças na forma de remuneração em função da queda dos juros. A caderneta ainda ganha de muitos fundos por aí”, garante Troster. Com base em dados do Banco Central, o economista estima que existam mais de 100 milhões de poupadores no país e que o volume da poupança seja de cerca de R$ 500 bilhões. Segundo o BC, até 22 de novembro o total aplicado era de R$ 480,6 bilhões, volume 17% maior que o registrado há um ano, de R$ 410,8 bilhões.


Além da segurança e da facilidade em administrar, pesa a favor da poupança a complexidade do mercado. Por isso, o pequeno investidor — principalmente o novo integrante da classe média — não encontra, em geral, uma opção mais atraente. "Ainda são necessárias mais transparência nas informações sobre as possibilidades de aplicação e educação financeira para essa pessoas. No caso de fundos, por exemplo, os gerentes dos bancos informam o rendimento da carteira sem o desconto do Imposto de Renda, que corrói boa parte dos ganhos. Há ainda as taxas de administração. Por isso, é importante comparar sempre”, pontua Troster.


Para o vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, José Dutra Vieira Sobrinho, a caderneta é a forma mais procurada para quem tem pouco a economizar. Ele ressalta que é preciso sempre avaliar as alternativas disponíveis de investimento, inclusive as taxas e os descontos de cada uma. “É importante que o investidor verifique sempre como anda o rendimento do seu fundo e questione as taxas com frequência”, orienta.


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