(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Alta dos preços e valorização do dólar reduzem procura por imóveis na Flórida

Foco agora é em Portugal e na Espanha


postado em 03/11/2012 07:34 / atualizado em 03/11/2012 08:06

Acabou a pechincha de preço de imóvel de luxo em Miami. Os valores de residências na badalada cidade praiana da Flórida, nos Estados Unidos, subiram (em dólar) em torno de 20% a 30% no último ano. Além disso, houve valorização em torno de 20% da moeda norte-americana, o que ajuda a encarecer os imóveis em Miami. “Tivemos grave crise financeira em 2008, mas agora o mercado voltou a aquecer. Estamos tendo mais lançamentos”, afirma Jaqueline Buffara Zaidan, consultora imobiliária há 15 anos em Miami. Ela diz que o mercado imobiliário de Portugal e Espanha começam a despertar maior interesse dos brasileiros. “Eles não compravam lá da mesma maneira que hoje”, diz.

O preço do metro quadrado em bairros luxuosos de Miami, como Brickell, Aventura Mall e Hallandale Beach está hoje em torno de US$ 3,94 mi (R$ 8 mil), abaixo do valor em áreas nobres de Belo Horizonte, como Savassi e Lourdes. Nestas regiões, o preço do metro quadrado varia hoje em torno de R$ 10 mil a R$ 12 mil. A empresa imobiliária Brasil Brokers comercializava, em média, entre 20 e 25 apartamentos ao ano em Miami. Em 2012, não deve chegar nem a 10 unidades, informa Adriano Guerra, vice-presidente da Brasil Brokers. “A pessoa transforma o dólar em real e começa a ver que não vale a pena”, diz. Ele revela que com R$ 800 mil era possível comprar imóveis com áreas entre 130 e 150 metros quadrados nos últimos anos. “Hoje, com esse valor, é possível comprar uma unidade bem menor, com cerca de 100 metros quadrados”, diz.

A Lar Imóveis trabalha com venda de imóveis em Miami há pouco mais de um ano. O diretor-presidente da imobiliária, Luiz Antônio Rodrigues, afirma que a procura de imóveis por brasileiros em Miami caiu em torno de 70% neste ano. “A bolha acabou e o preço está voltando ao patamar normal. O brasileiro correu atrás do imóvel quando a moeda estava desvalorizada e o imóvel também”, afirma Rodrigues. A crise financeira que assolou o mundo em 2008, detonada no mercado imobiliário norte-americano, levou os preços de imóveis a despencar por lá. Em alguns casos, houve queda de até 50% no preço, o que transformou Miami em opção de casa de praia de muitos brasileiros e mineiros.

Rumo à Europa A partir de agora, os olhos dos investidores começam a se voltar para o mercado europeu, com destaque para Portugal e Espanha. Tanto é que no período de 6 a 9 de dezembro, cerca de mil casas e apartamentos localizados em Portugal estarão à venda no Rio de Janeiro. Empresários brasileiros ligados à Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio vão promover a primeira Mostra do Imobiliário de Portugal no Brasil (MIP 2012). O evento é uma tentativa de sair da paralisia do mercado de imóveis português, causado, sobretudo, pela recessão que o país atravessa desde que a crise econômica mundial atingiu a Europa (2008).

Segundo dados do Banco de Portugal (espécie de Banco Central lusitano), 37,7% das famílias têm algum tipo de dívida e 24,5% dos domicílios têm dívida hipotecária. Além de grandes investidores, a MIP quer atrair a chamada comunidade luso-brasileira que, só no Rio de Janeiro, é estimada em 600 mil pessoas. Para esse público, o mercado deverá ofertar imóveis de até dois quartos ao custo máximo de 200 mil euros (cerca de R$ 470 mil).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)