
“Para zerar essa conta, seria necessário que as vendas da indústria mineira crescessem 0,7% ao mês entre setembro e dezembro, mas isso vai depender da performance do setor extrativo-mineral”, diz Lincoln Gonçalves Fernandes, presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg. Na comparação entre agosto e julho, o faturamento que mais cresceu foi o de produtos químicos, que avançou 27,05%, seguido de máquinas e equipamentos (13,59%) e celulose, papel e papelão (12,11%). “A indústria mineira está mais otimista, principalmente por causa dos incentivos federais e do aumento da demanda para atender os pedidos do fim de ano”, diz Érika Cristina Mendes Amaral, economista da entidade. Apesar disso, de janeiro a agosto, os resultados ainda foram negativos em 1,05%.
De acordo com ela, a expansão do faturamento da indústria de produtos químicos ocorreu por causa da elevação no número de pedidos tanto no mercado interno quanto no externo. As exportações de produtos farmacêuticos e o aumento nas vendas de adubos e fertilizantes, por causa do início safra, influenciaram o resultado. No setor de metalurgia básica, as vendas aumentaram 7,63% em agosto, puxadas pelo mercado interno e pelas exportações. O reajuste nos preços do aço, ocorrido em meados do mês de julho, também influenciou o resultado. No segmento automotivo, o avanço foi de 5,05% em agosto na comparação com julho, amparado pelo IPI reduzido e pela queda na taxa de juros para compra de automóveis. Já a indústria extrativa mineral, que tem peso significativo no estado, registrou queda dessazonalizada de 0,48% nas vendas no período.
