A Tata Consultancy Services (TCS), braço do grupo indiano Tata, desembarca em Belo Horizonte para instalação de uma unidade voltada para o desenvolvimento de software e prestação de serviços de tecnologia da informação e solução de negócios corporativos. Com previsão de início das operações no primeiro trimestre do ano que vem, a empresa deve criar 1,1 mil empregos no primeiro ano de operação, sendo quase 90% deles para profissionais com formação universitária, segundo informações da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que diz estar prestes a fechar negociação também com a norte-americana Acsenture, do mesmo ramo, com investimento semelhante.
No mês que vem, o presidente para a América Latina da empresa deve estar em BH para definir o local onde a companhia deve se instalar. Depois disso, serão necessários mais dois ou três meses para iniciar a contratação. A TCS precisa de um imóvel com 2,4 mil metros quadrados para locação. “O investimento é basicamente em pessoas. Cada emprego deve gerar renda de R$ 3 mil por mês, o que significa massa salarial de R$ 72 milhões/ano”, afirma o secretário municipal adjunto de Desenvolvimento Econômico, Marcello Faulhaber, responsável pela negociação. A indisponibilidade de imóveis comerciais é apontada como principal entrave para a vinda da Acsenture. A prefeitura já apresentou um plano para incentivos fiscais e a possibilidade de apoiar o treinamento de pessoal, mas a falta de um espaço dificulta que o contrato seja firmado.
Se falta imóvel, sobra mão de obra. Apesar de a Grande BH apresentar as menores taxas de desemprego do país, com 4,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na avaliação do secretário, a UFMG é referência na formação de profissionais da área de TI e consegue suprir a demanda. O fator é considerado diferencial para que a empresa tenha escolhido a capital mineira. Além disso, a proximidade com Rio de Janeiro e São Paulo, com melhores condições de mobilidades facilita a escolha.
A TCS mantém operações em 42 países, onde tem mais de 238 mil profissionais. No Brasil, a sede da empresa é em São Paulo, onde tem escritório com cerca de 300 profissionais. Mas a matriz deve ser transferida para BH. O governo mineiro negocia também, desde o ano passado, a instalação de uma planta automotiva da Tata em Minas. O governador Antonio Anastasia inclusive organizou uma excursão para a Índia. Mas não há definições sobre o investimento. No entanto, com a vinda da empresa para a capital, na avaliação do secretário municipal, se dá o estreitamento de laços, o que pode facilitar a negociação.
Lenovo compra CCE
Em um negócio que deve movimentar R$ 300 milhões, a Lenovo anunciou ontem a compra da tradicional marca brasileira CCE. O presidente global da fabricante de eletrônicos chinesa, Yang Yuanqing, afirmou que com o contrato, a Lenovo, que é atualmente a segunda maior fabricante de computadores do mundo, pretende dobrar a participação no mercado brasileiro de PCs. Outro desejo é ampliar as quatro plataformas da chamada “era PC+”, com a fabricação de PCs, smartphones, tablets e TVs inteligentes. A compra é vista pela companhia como um passo estratégico na busca do fortalecimento da marca no país, que é o terceiro maior mercado de PCs do mundo. (Colaborou Jacqueline Saraiva)
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Grupo Tata vai abrir unidade de softwares em BH
Empresa do grupo indiano especializada em software deve iniciar operações em 2013 e criar mais de 1 mil empregos
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