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Estado de Minas

Alemanha, único país da Eurozona que se nega a apoiar aumento de proteção


postado em 23/02/2012 16:52

A Alemanha resiste a reforçar os mecanismos de resgate previstos para evitar o contágio da crise da dívida na Europa, após o bilionário resgate da Grécia, apesar da pressão de seus sócios da Eurozona e do FMI a poucos dias da reunião europeia de março, destinada a debater o tema.

Alemanha, maior economia e contribuinte da Eurozona, é o único país da União Monetária que acredita não ser necessário ampliar suas defesas para evitar que a crise se estenda a países como Itália ou Espanha. O alarde foi ainda maior agora que a Eurozona se comprometeu a desbloquear os 130 bilhões para Grécia, sem ter certeza de quanto desse montante sairá do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não vemos a necessidade de aumentar o mecanismo de proteção", disse um porta-voz do governo alemão.

O país não aprova nem mesmo a combinação dos dois fundos de resgate previstos (o FEEF e o MEE), o que elevaria o capital total para 750 bilhões de euros. Desta vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, ficou completamente sozinha, já que até mesmo os demais países classificados com a máxima nota de solvência, triplo A, acreditam ser necessário dar toda a resistência possível.

O presidente americano, Barack Obama, pediu na quarta-feira para que a Alemanha apoiasse o Fundo de Resgate". A maioria dos alemães não é a favor de financiar Atenas, após uma série de promessas não cumpridas, uma recessão que se agrava, as reformas rejeitadas, as privatizações em ponto morto e os conflitos políticos.



O governo alemão tem insistido nas duras exigências que foram impostas à Atenas em troca do crédito bilionário, incluindo uma vigilância permanente do cumprimento das reformas gregas e uma conta bloqueada para assegurar-se de que o dinheiro seja destinado a pagar a colossal dívida grega.

Nesta quinta-feira, a Comissão Europeia anunciou que a Eurozona voltará a entrar em recessão (caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda do PIB) em 2012 e oito de seus 17 países registrarão crescimentos negativos no ano, incluindo Espanha e Itália, com prognósticos piores que os previstos anteriormente.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona cairá 0,3% em 2012, segundo novas projeções. A previsão anterior, divulgada na primavera, estimava um crescimento de 0,5%. A última recessão da União Monetária aconteceu em 2009, quando registrou um recuo de 4,3%. Nove países entrarão em recessão na União Europeia (UE), integrada por 27 países.

A revisão para baixo dos dados foi motivada pela crise da dívida que fragilizou os mercados financeiros e provocou uma depressão da economia real, segundo a Comissão. O Executivo europeu destaca que a recessão será "moderada" e afirma que há sinais de melhora nas economias da Eurozona no segundo semestre do ano.


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