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Estado de Minas 13º PARA GARANTIR A APOSENTADORIA

Opção pela previdência privada é crescente no Brasil


postado em 11/12/2011 08:24

Quem resiste à gastança do fim de ano e consegue guardar parte do que embolsou pode aproveitar a época de bonificações e 13º salário para pensar no futuro, começando um plano de investimento. No país, uma das opções que crescem na preferência dos brasileiros é a previdência privada aberta. O setor, composto pelos planos comercializados por bancos e seguradoras, atingiu 12 milhões de contratos no Brasil, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), e movimentou de janeiro a setembro, últimos dados disponíveis, R$ 37,3 bilhões, alta de 20,57% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Com o crescimento da renda da população e principalmente da classe C, bancos e seguradoras estão lançando no mercado produtos de baixo custo para fisgar também a classe média e ampliar a carteira do segmento, ainda bastante concentrada nas classes A e B, de alta renda. “Hoje é possível um plano de previdência a partir de R$ 25”, diz Sandro da Costa, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev, empresa do conglomerado do Banco do Brasil (BB). Segundo ele, o aporte para quem poupar por cerca de 18 anos é suficiente para um empurrão, por exemplo, na faculdade do filho.

A previdência privada trabalha com dois produtos básicos, diferentes no modo de tributação, os planos PGBL, para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda (IR), e o VGBL, direcionado para a declaração simplificada. O chamariz do setor neste fim de ano é a chance de abatimento do investimento no IR. Segundo Leonardo Lourenço, superintendente de produtos da seguradora Mongeral Aegon, uma das vantagens para quem contrata um plano de previdência ainda este ano é receber os benefícios fiscais já na próxima declaração de IR. “As contribuições para o plano de previdência PGBL podem ter abatimento de até 12% da renda bruta anual na próxima declaração”, apontou.

Longo prazo

De acordo com os cálculos mostrados por Lourenço, uma família com renda de R$ 10 mil por mês que investe R$ 1,2 mil mensais na previdência, ao longo de 30 anos, terá cerca de R$ 1,7 milhão, considerando a taxa de rendimento de 8% ao ano. Se reinvestir o abatimento do Imposto de Renda, pode ampliar este valor para R$ 2,1 milhões, ou seja, cerca de R$ 400 mil a mais.

A servidora pública federal Patrícia Markiewicz se prepara para se aposentar no ano que vem. Para se precaver, contribui com previdência privada e no final do ano as reservas vão para esta aplicação. “Nem todos os brasileiros têm a chance de contribuir com um sistema alternativo, mas percebo que quem pode ter uma reserva está preocupado em investir.”

Na busca por clientes, o setor financeiro diversificou bastante a carteira de produtos da previdência privada. Além de ofertar alternativa para a aposentadoria, crianças podem ter um plano feito pelos pais e também já é possível lançar mão do produto para projetos de mais curto prazo, em média com saques a partir de 10 anos. No entanto, para quem realmente tem como foco construir uma renda extra para quando sair do mercado de trabalho, o ideal é que a poupança seja feita ao menos por 30 anos. No caso da Brasilprev, 60% da carteira é composta por investidores de até 40 anos de idade.

Disciplina

Segundo especialistas, para investir na previdência privada é preciso que o contribuinte tenha não só recursos, mas uma característica pessoal de peso: a disciplina. Para eles, se o investidor não tem organização, é melhor fugir dos investimentos a longo prazo porque caso desista no meio da caminhada, fatalmente vai perder dinheiro. Outra dica é que para realizar bons negócios na modalidade é preciso estudar como a ferramenta funciona.

Entretanto, analistas financeiros recomendam a poupança a longo prazo quase como uma palavra de ordem, mas a cultura cresce aos poucos entre os brasileiros. A aposentada Marlene Alves, 71 anos, comenta que o valor pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é pequeno e, mesmo assim, quando estava na ativa praticamente não existiam informações sobre a previdência privada. “Não fiz este investimento, nem sabia como ele funcionava, mas meus filhos e netos pagam previdência privada.” O analista de sistemas Leonardo Miguel Santos completou 33 anos de idade e dois de contribuição com a previdência. Ele diz que freia o consumo sempre que sua reserva mensal é ameaçada. Seu plano é contribuir por 35 anos no setor privado. “Sempre aproveito a renda extra para investir porque a aposentadoria pública não é suficiente para manter o padrão de vida que tenho hoje.” Apesar de contribuir com o sistema privado há dois anos, ele lamenta o tempo perdido. “Comecei a trabalhar aos 16 anos, deveria ter contribuído desde então.”


Leopoldo Grajeda (Matemático e gestor de investimentos)

“A previdência privada aberta deve ser olhada com cuidado. O investidor não tem controle sobre os recursos, colocados em ativos do banco de baixo rendimento. Quando ocorre o contrário, não há grande benefício para o investidor. Um exemplo é o que ocorreu com a bolsa de valores, que em 2008 registrou queda de 60% e os planos de previdência levaram o prejuízo integral. Quando em 2009 houve a recuperação e a bolsa cresceu 80%, os fundos ficaram com valorização entre 15% e 18%. O prejuízo foi dos fundos. O lucro, dos bancos. Quanto aos benefícios fiscais do Imposto de Renda, o raciocínio é o mesmo, isso sem dizer que o prazo mínimo para que o investidor tenha o benefício é de 10 anos. A previdência privada aberta tem retorno quase tão ruim quanto o da poupança, a diferença é pequena. Outros fundos como o CDB são tão seguros quanto a caderneta e podem ser boa opção para quem tem a partir de R$ 20 mil para investir.”


Desconto do Leão

Se o cliente declara o IR pelo formulário completo, poderá utilizar o plano de previdência PGBL para abater até 12% da sua renda bruta anual

Para quem declara o IR pelo formulário simples, o plano VGBL só é tributado sobre os rendimentos

O contribuinte da previdência privada pode escolher entre a tabela progressiva (alíquota de 0% a 27,5%, de acordo com o valor recebido) e a regressiva (de 35% a 10%, de acordo com o tempo de permanência do dinheiro no plano). Uma vez feita, a escolha não pode ser mudada

FONTE: Mongeral Aegon


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