As ações da AMR Corporation, controladora da American Airlines perderam 85% após o anúncio de concordada nesta terça-feira. No início de novembro, as ações caíram 35% desde o início de novembro. Antes da abertura do mercado americano nesta terça-feira custavam 1,62 dólares. A este preço o valor total da empresa era de 543 milhões de dólares. Contudo, na metade do dia, os papéis perderam 85% do valor.
O anúncio da concordata foi realizado depois que a American Airlines se vangloriou, no mês passado, de ser uma das poucas grandes companhias dos Estados Unidos que não se declararam recentemente em bancarrota. No entanto, o mercado há muito acreditava que o grupo poderia ser obrigado a tal extremo por não conseguir obter de seus pilotos as concessões salariais necessárias para sanear suas contas.
A American Airlines, que opera em 260 cidades e em 50 países, assegurou que continuará com seu funcionamento normal e que seus clientes continuarão recebendo os serviços aos quais estão acostumados. O grupo, que investiu muito dinheiro para renovar sua frota, no entanto, não disse nada sobre o destino da enorme ordem de compra de 460 aeronaves (260 Airbus A320 e 200 Boeing 737) anunciada em julho.
"Eles dizem que tudo está normal, mas certamente os cortes vão començar logo", disse Seth Kaplan, da Airline Weekly. "Eles devem reduzir a frota, os empregados e os trajetos", completou.
Outras empresas
Muitas empresas de linhas aéreas americanas recorreram à lei de concordata em algum momento desde 1978, segundo dados da Associação de Transporte Aéreo. A maioria conseguiu escapar da quebra, com exceção da PanAM, que desapareceu em 1991.
A Continental recorreu ao Capítulo 11 em 1990 e a Hawaiian Airlines em 1993. A partir de então se iniciou uma década de relativa estabilidade que terminou com o 11 de setembro de 2001, quando o transporte aéreo diminuiu consideravelmente.